[Verso 1]
Tento dormir, minha mente não deixa, quer escrever
Mil tema pra abordar, mil fita pra resolver
Uma chance pra se encontrar, mil noite pra se perder
Inveja de Alibabah, 40 vão corromper
Verdade não tem dono, diferente dos por quê
Que morre perguntando, a vida sem responder
Alma que tá de luto não enxerga a cor do buquê
Quero ver quem vai ficar quando não emplaca os plaquê
Devemos oxigênio, terra cobra o carnê
Funk na caixa um raio, ensaio samba nenê
Novinha se oferecer, diabo abrindo as perna
No pecado do momento, isca da cobrança eterna
"Te amo" se escuta facilmente
Não esquece que a boca é asa pra serpente
Que mata, que mente, rasteja até a morte
Mas sabe como voar na hora de te dar o bote!
Raça de escariote o tempo passa e nunca muda
Prefiro o ódio do inimigo
Maluco que o beijo que vem de judas
Deus nos acuda, que esse mundo tá locão
É pai que mata filho, filho que mata sem perdão
Onde tá a compaixão com o nosso semelhante?
E pra quem ama lavagem, coração não é diamante
Solto na city, maluco
Meu santo já sente a maldade na taça
Os menino fazendo fumaça, giroflex furando a carcaça
Os verme veloz toma a taça, liberdade não é de graça
Quem tá preso sabe o preço, mulher casada se engraça
Talarico abraça, e na quebrada (boom)
Morre cedo igual dedo de gesso
Sem CEP nem endereço, um monte já partiu daqui
E a fita que não deu certo na ponte do piquiri
O lóki perde a arrogância, amarrado na Cherokkee
Tem nojo da zona leste e mata pobre com jet ski
Brabo na balada, bate igual Bruce Lee
De frente pro pente vomita até o sushi
É fi, por aqui, difícil cantar só esperança
Vendo ladrão de gravata, UPP que mata criança
[Refrão]
É o terror
Rap nacional no flow, os loco se identifica
E a favela grita "ow"
É o terror
Rap nacional no flow, os bico fica em xeque
Lek, clic clac, pow
[Verso 2]
É o terror, som que incomoda o sistema
Que escraviza nosso povo sem precisar de algema
Lutar é nosso lema, quero a paz sem cano de 9
Com caneta e papel, meu coquetel molotov
Não precisamos de Engov, pra tentar fugir da ressaca
É só contar os menor trocando tiro com a barca
Jovem de mente fraca, na tela o que destaca
Teu pai jogando golfe, o meu jogado na maca
Na fila de hospital, onde a fé fica fraca
Lado cruel da ovelha que arranca orelha na faca
Taca fogo na babilônia
Porque os americanos são donos da Amazônia?
Maquetes da colônia, reféns da supremacia
Toda coca faz mal, depende como aprecia
Sonhos de mensalão, me diz quem financia?
O rico que fica mais rico, com a droga que me vicia
Água tá acabando igual democracia
Eles plantaram o Neymar? E tão colhendo abadia
Criança pedindo esmola não xinga dona maria
Investe mais em escola e menos delegacia
[Refrão]
É o terror
Rap nacional no flow, os loco se identifica
E a favela grita "ow"
É o terror
Rap nacional no flow, os bico fica em xeque
Lek, clic clac, pow