Vanessa da Mata
Ciranda

Sigo sonhando
Minha sorte no meio do povo
Sou eu quem segura, sorrindo de novo
Não vou mais sofrer, vou me levantar

Rica de fibra
Mas dura e oca por dentro
A boca mordida, olhos espremendo
Franzina, fodida, severina

Vendo minha água
Que a sede é pior que a fome
Porque onde come um, outros também comem
Minha mãe de idade, neném pra cuidar

Quantas misérias já vi
Quanto sofrimento
Com a graça de Deus tô bem no momento
Com muita saúde, não vou reclamar

Vendo água
Que a sede é pior que a fome
Porque onde come um
Outros também comem

Dizem que lá com cento e cinquenta euros
Você faz a compra de um mês inteiro
Dizem que a mulher lá pode sair
Que o corpo é dela e ninguém vai bulir
Dizem que lá com cento e cinquenta euros
Você faz a compra de um mês inteiro
Dizem que a mulher lá pode sair
Que o corpo é dela e ninguém vai bulir

Sigo sonhando minha sorte no meio do povo
Sou eu ​ segura, sorrindo de novo
Não vou mais sofrer, vou me levantar
Rica de fibra
Mas dura e oca por dentro
A boca mordida, olhos espremendo
Franzina, fodida, severina

Vendo água
Que a sede, é pior que a fome
Porque onde come um
Outros também comem

Dizem que lá com cento e cinquenta euros
Você faz a compra de um mês inteiro
Dizem que a mulher lá pode sair
Que o corpo é dela, e ninguém vai bulir

Dizem que lá com cento e cinquenta euros
Você faz a compra de um mês inteiro
Dizem que a mulher lá pode sair
Que o corpo é dela, e ninguém vai bulir
La la la la la la la
La la la la la la la
La la la la la la la