Antônio Carlos Jobim
Flor Do Cerrado
Todo fim de ano é fim de mundo
E todo fim de mundo é tudo que já tá no ar
Tudo que já tá
Todo ano é bom, todo mundo é fim
Você tem amor em mim

Todo mundo sabe, você sabe
Que a cidade vai sumir por debaixo do mar
É a cidade que vai avançar e não o mar
Você não vê
Mas da próxima vez que eu for a Brasília
Eu trago uma flor do cerrado pra você
Mas da próxima vez que eu for a Brasília
Eu trago uma flor do cerrado pra você

Tem que ter um jeito e vai dar certo
Zé me disse que ninguém vai precisar morrer
Para ser, para tudo ser
Eu você

Todo fim de mundo é fim de nada
É madrugada
E ninguém tem mesmo nada a perder
Eu quero ver
Olho pra você, tudo vai nascer
Mas da próxima vez que eu for a Brasília
Eu trago uma flor do cerrado pra você
Mas da próxima vez que eu for a Brasília
Eu trago uma flor do cerrado pra você
(Olha que coisa mais linda
Mais cheia de graça
É ela menina que vem e que passa
Num doce balanço a caminho do mar
Moça do corpo dourado do Sol de Ipanema
O seu balançado é mais que um poema
É a coisa mais linda que eu já vi passar)