[Verso 1: BK]
Essa é minha viagem, esquece a mala, embarca
Nível alto mais turbulência, nada que preocupe
Tenho minha segurança sem ter ata
A cena é perigosa, eu não preciso de dublê
Versos pesados, tamo expandindo a coleção
Barras de ouro como se fosse Show do Milhão
A profissão perigo e os perigos da profissão
Não adianta ter o olho grande e não ter visão
Fé na palavra mais que um crente
Fracos querem me parar, tão crentes
Meu passado fez meu futuro, me dar presentes
Meu som onde tu estiver, sou onipresente
É tanta coisa pra se perder nas ruas
Eu tento manter a minha cabeça no lugar, as duas
Mas um dia de vida, aleluia
Onde costuram corpos, as balas na agulha

[Refrão: BK]
A chuva aperta, a chapa esquenta e eu continuo inteiro
Uns contam vantagem, outros contam dinheiro
Uns tentam, gritam e não passam da primeira
Uns comem minas, e outros comem poeira
A chuva aperta, a chapa esquenta e eu continuo inteiro
Uns contam vantagem, outros contam dinheiro
Uns tentam, gritam e não passam da primeira
Uns comem minas, e outros comem poeira
[Verso 2: Bril]
Quem tem sorte com azar cria ódio e rancor
Confesso, difícil negar o doce veneno do amor
Até tentei me afastar, mas sabe pra onde eu vou
E quando o fim chegar não existirá a lei do retorno
Enquanto a vida cobra eu pago o preço
O delegado na cadeia, ele não solta o preso
A velhinha na igreja tá rezando o terço
Eu não me acho, também não me perco
Vim da malandragem que teve berço
Bota o colete que eu tô vindo em peso
Os X9 tá mandado, não aponta o dedo
Amanheceu queimado, eu tô sentido o cheiro
Só vejo um caminho espesso
Sua mãe chorando no entorno do enterro
E não adianta desacreditar
Meu bloco é chapa quente, nunca dá mole pro azar
Eu só passei pra te avisar

[Refrão: BK]
A chuva aperta, a chapa esquenta e eu continuo inteiro
Uns contam vantagem, outros contam dinheiro
Uns tentam, gritam e não passam da primeira
Uns comem minas, e outros comem poeira
A chuva aperta, a chapa esquenta e eu continuo inteiro
Uns contam vantagem, outros contam dinheiro
Uns tentam, gritam e não passam da primeira
Uns comem minas, e outros comem poeira
[Verso 3: CHS]
Nectar, palavra que eu prego, nosso flow espalha que nem praga
Sem modéstia, mano, eu não nego, senão nossa moral que caiu se apaga
KGL, my hood, my blocka, sente o peso e anota essa placa
Avançamos a cada esquina, arte da rima e não se compara
Vem que tem, Nectar, tenta acompanhar
Ou detectar, nossa métrica vai te infectar
Minha arte que eu faço a minha imagem
Girando grana tipo uma engrenagem
Moramo na tua mente, feito um parasita
Bebe do meu flow, dá dez, tipo Guaravita
A vida que nóiz tem nunca foi paradigma
Disque para morte que eu sei que param vidas
E sei que poucos vão me acompanhar
E sei que muitos nem vão entender
Quando o passado vier te assombrar
Pra onde quer que olhar, só resta você

[Refrão: BK]
A chuva aperta, a chapa esquenta e eu continuo inteiro
Uns contam vantagem, outros contam dinheiro
Uns tentam, gritam e não passam da primeira
Uns comem minas, e outros comem poeira
A chuva aperta, a chapa esquenta e eu continuo inteiro
Uns contam vantagem, outros contam dinheiro
Uns tentam, gritam e não passam da primeira
Uns comem minas, e outros comem poeira