[Letra de "A Banca" com RZO]

[Verso 1]
Taí, agora é minha, botar gás e rodar
Rodar, com nossos manos apavorar
Nós somos a minoria, mas nós vamos a diante
O que a vida me ensinou me torno um gigante
Memória de elefante, eu sou assim, eu sou folgado
Eu dou um ollie, eu pulo hidrante
E se tiver que ser, vai ser o que vier
Carro, droga, treta, mulher
Nós tamo aí, nós é ralé
Mas nós não somos Zé Mané, é
Nós tamo aí, nós é ralé
Mas nós não somos Zé Mané
Quem for sangue bom, demorou de se envolver
Raízes tem demais, tem pra dar e vender
Bom rap me diverte, faz eu viajar no mundo
Deus há de fazer aqui no Brooklin um escudo
Com o tempo eu vi onde estou
Quem vacilou o esqueleto arrastou
Os homens de preto acionam o dedo click bleow
Brooklin, Canão, onde eu nasci tá cruel
Pra frente aqui vou eu, e quem não se envolveu
Meu eu é partidário, vacilou quem prometeu
Ambiente na quebrada é quente meu
Entardeceu, vacilou na festa é problema seu
O crime não é creme, eu faço parte também
É de lei sim, respeito aqui também sei que temos que se preservar
Manter a fé em Deus, não pare
Pode crer, Charlie Brown, RZO, essa é a família
Sabotage, Brooklin, Sul, faz a rima
[Refrão]
Ra-tá-tá é bicho solto
Ficar ligeiro já faz parte do jogo
Todo cuidado é pouco
Ra-tá-tá é bicho solto

[Verso 2: Sandrão]
Sandrão, aqui, convoca os loucos
Entende os outros, conhece o jogo
Confiscou, aqui só ganha quem supera a morte
Ocorre que se envolve é quem é forte
Atitude traz a sorte só dá mole aqui os lóki
Quem se envolve não corre das exigências que ocorrem
Na periferia os piores dias da América Latina
Tem que conviver numa de desbaratina
Rap, protetores da periferia, liga
Fica de esquina, quem vê, os discrimina
Vida bandida quantos manos, quantas minas
Fé naquele lá de cima, aí, ladrão, essa é a única alternativa
Só os que servem, hip-hop que apoia a greve
Igual a peste da nossa inteligência não troca gato por lebre
Microfone, cheque, click cleck, crack, cheque-mate, cheque-mate

[Refrão]
Ra-tá-tá é bicho solto
Ficar ligeiro já faz parte do jogo
Todo cuidado é pouco
Ra-tá-tá é bicho solto
[Verso 3: Helião]
Mas pode crer, Chorão, em Pirituba é quase igual
Punk, funk, pagodeiro curte RZO e Charlie Brown
O som bem legal, Racionais, melhor ainda se falar da paz
Deus ilumine o grafite
Na Favela da Mandioca tem apetite, dedo, pico
Nosso menino só na humilde, que é que tem?
Pula estação, vai de trem, vem com nós
Firme como nossa voz
Sandrão, canta, também cola na banca
Quem não é se espanta, discrimina a pampa
Santa ignorância
Tem que ser igual o HC
E a banca não manca, aumenta a confiança
Esperança é o que não morre
Não desande e faz o corre no skate faz até enfeite
O Alemão todo o dia lá no parque
Mó viajem, dou valor a arte

[Verso 5: Champignon, Negro Útil]
É, Helião, toda mão lá no parque, não marque
Vingança em toda parte
Mano Sabotage falou que ia colar aí mais tarde
Eu tô ligeiro
Aí pode crer, você sabe, é aquilo
Só
Nosso rap é compromisso e eu prefiro sem vacilo na responsa
Responsa
Humilde, eu me sinto, pois assim ninguém me apronta
Responsa
Helião falou, e é verdade
[Verso 6: Helião]
É, Negro Útil, eu sei de tudo
Cu de burro fode tudo num segundo
Mas eu juro vou rimar
E vou mostrar que tá no ar música pra respeitar
O Champignon tá envolvido
E todo mundo da baixada, só a rapa
Fumaça então que faça
Vamo liberar, quem é entende
É consciente, tem moral, sempre à frente
Firmeza total, não é maiorial
Pois Deus é maioral
Quem tá legal, fuma um pampa
Quem é humilde curte um Charlie Brown

[Refrão]
Ra-tá-tá é bicho solto
Ficar ligeiro já faz parte do jogo
Todo cuidado é pouco
Ra-tá-tá é bicho solto
Ra-tá-tá é bicho solto
Ficar ligeiro já faz parte do jogo
Todo cuidado é pouco
Ra-tá-tá é bicho solto

[Saída]
Coração de vagabundo bate na sola do pé
Skate na veia, pau no cu dos mané