[Verso 1]
Quer eu queira, quer não queira
Esta cidade há-de ser uma fronteira
E a verdade
Cada vez menos
Cada vez menos
Verdadeira

[Verso 2]
Quer eu queira, quer não queira
No meio desta liberdade
Filhos da puta, sem razão
E sem sentido
No meio da rua nua, crua e bruta
Eu luto sempre do outro lado da luta

[Verso 3]
A polícia já tem meu nome
Minha foto está no ficheiro
Porque eu não me rendo
Porque eu não me vendo
Nem por ideais nem por dinheiro

[Verso 4]
E como eu sou e quero ser sempre assim
Um rio que corre sem princípio nem fim
O poder podre dos homens normais
Está a tentar dar cabo de mim
Cabo de mim