Dillaz
Saudade
[Refrão: Dillaz & Rodrigo Amarante]
Saudade eu te matei de fome
Saudade eu te matei de fome
Yau
Saudade eu te matei de fome
Madorna 75
Saudade eu te matei de fome

[Verso 1]
Brotha no fim da cassete
Toda a cantiga volta p'o início
Por vezes ouvi-la é um frete
Mudar a faixa é sacrifício
P'a quê rir se te viram as costas?
Todos duvidam, não dão benefício
Até me'mo se o céu se ilumina
Aquilo que brilha é fogo-de-artifício
E o que eu vejo
É o teu queixo p'a baixo e os teus lábios nunca p'a cima
Alegria nunca 'tá em casa, a tristeza domina
Por vezes não queremos e do nada temos
Ou queremos e nunca encontramos
As grandes coisas que perdemos
Por pequenas coisas que ligamos
E tu que brincavas, sonhavas, c'a paz
Nadavas na guerra p'a traçar caminhos
Ter uma casa com vista p'o mar
Virada p'a serra p'a ouvir passarinhos
Viver sem contar c'a saudade
Sem 'tar a contar que ela vem de fininho, bro
Porque nada é mais triste
Que alguém contribuir p'a vivermos sozinhos
Só quero mais tarde olhar p'ó meu sobrinho e dizer
Que a saudade também nos faz falta
Não entrar na bulha, entrar na batida
Me'mo se a agulha te salta
Sem muita pressa mas sempre na altura exata
Aplicar tudo o que é raciocínio
Por 'tar destinado e morremos na data
E enquanto há quem espere que o tempo se acabe
Não ficar deitado
De olho fechado à espera que a mude
O teu testamento é: não gosto, não quis
Não cheguei a tempo, não fiz que não pude
Fazer pontaria p'acertar no meio
Não é num dos lados que dá a virtude
Ter toda a consciência da gravidade
Quem sente saudade não sente saúde, mo boy
Honrar a memória e fazê-lo com alma
Nunca foi preciso fazer um mestrado
P'a manter a mente e o mundo na palma
Quem cala consente
Aquilo que sentes é muito evidente
Eu sinto na fala
Se esticas a mão para abrir uma porta
Não podes chorar quando a mesma te entala
[Bridge]
Por vezes sentes saudades de quem não sente
E tudo isso vira um ciclo
É quando tu tentas dar o teu passo em frente
Que tu voltas p'ó triciclo
Alturas em que embarcas com o subconsciente
E pensas que cais no ridículo
Por vezes sentes saudades de quem não sente
E tudo isso vira um ciclo
Mo boy, ainda sinto saudade (Ainda sinto saudade)

[Refrão: Rodrigo Amarante]
Saudade eu te matei de fome
Saudade eu te matei de fome
Saudade eu te matei de fome
Saudade eu te matei de fome

[Bridge]
(Ah) Yau (Ah, ah)
(Há sempre alguém que deixa saudade)
(Ah, ah, ah)
(Há que saber lidar com isso)
(Ah, ah, ah)
(Ah, ah, ah)
Yau, huh
[Verso 2]
Às vezes eu sinto saudade
De ver o meu bairro em atividade e alegria (75)
Nessa altura em que tu dizias que era só espigaria e só má onda
Tenho saudade do tempo em que a tua cara não carregava essa mania
Muita saudade de ver a amizade entre os bairros cá da zona
Saudades do tempo de escola e de haver união
Colegas com quem já não falo, apenas por falta de uma ligação
(Abraço p'a todos)
Mas queres saber mesmo aquilo que eu sinto vaidade?
Tenho orgulho naquilo que fomos
Nada apaga aquilo que eu sinto saudade
Mo boy, ainda sinto saudade

[Outro: Rodrigo Amarante]
Teu rosto nunca me deu trégua
Milagre seria não ver
No amor essa flor perene
Que brota