Dillaz
Ordens do Vento
[Verso 1: Vulto]
Andando na rua só vejo é ridículos
Fotocópias e rascunhos de interesseiros, falsos e xicos
Com rotas traçadas mas andam sempre perdidos
Pedem ajuda mas os amigos foram vendidos
Querem o norte mas a bússola tem ponteiros partidos
São mão de obra barata e querem ser executivos
Filho da puta, amarro-te com explosivos
(Ó Vulto já tá armadilhado)
Ok, acendo o rastilho
Na hora da autópsia
Dentro do teu crânio de cérebro não existe nenhuma amostra
Estás todo ressequido, desidratado, com o coração congelado
Mete-o no microondas, 5 minutos tá preparado
Espeto a faca e sai sangue negro
Foi do veneno que serviu como alimento
Estás no purgatório cheio de sofrimento
Pedindo perdão mas penso que não vais a tempo
“Eu lamento.” Diz o São Pedro
“É impossível entrares neste momento
Lá em baixo terás o teu acerto
Bate 3 vezes, espera ordens do vento.”
Lá dentro verás um vulto
Está sentado na última mesa, eu presumo
Não lhe vês a cara, só vês o fumo
Que sai dentro de um capucho sem fundo
Por mais calor que esteja
Ao pé dele o frio é servido de bandeja
Não tentes disfarçar para que ele não te veja
Quanto mais disfarças, mais a dor aleija
Descansa, porque ele só tem 2 perguntas para ti:
Controlas os 4 elementos com a força chi?
Ultrapassas barreiras com a força do QI?
Não vale a pena, não passas daqui
Quando a vir riu-me na tua cara assustada G
Tá mais pálida de quando sais da sauna B
Sou verdadeiro ao que toca à minha vida
Fiel à realidade que trespasso para o papel
Jamais alterada, vivida, relembrada
Em cada spot, e em cada casa
Cagando na vossa raça
Amizade solidificada como pedras da calçada
No meu tempo a falsidade é catapultada
A minha armadura está neste momento a ser forjada
Faço estratégia do quadrado com covas de lobo
O buraco é gigante que engole um colosso
Desmoronando o teu ego que é monstruoso
Sugando para o esgoto
Chupando até ao osso
Até fico nervoso
Não vou chegar perto porque o que tu tens é contagioso
É peste negra, hepatite ó mentiroso
Vais morrer cedo e terás água até ao pescoço
Não caio em armadilhas rapaz
Só me desloco com milhas
Não sabes do que eu sou capaz
Eu trago o corvo do mal
E o Zeca a pomba da paz
Equilíbrio natural
Por vezes apertado por uma tenaz
A tentação gigante é seguir ensinamentos de Satanás
Madorna 75 não fica para trás
[Refrão: Dillaz]
Silêncio absoluto, é o Vulto
Faz continência e a galope
Pelo Hip-Hop
É a dependência, o demónio que atrapalha
Nunca falha o instinto
Porque no fundo eu sou um M, sou um 7, sou um 5

E num minuto, é o Vulto
Faz continência e a galope
Pelo Hip-Hop
É a dependência, o demónio que atrapalha
Nunca falha o instinto
Porque no fundo eu sou um M, sou um 7, sou um 5