GOG
Alforria
[Verso 1: Heitor Valente]
Fogo cruzado! Grito de alforria declarado
Arquirrival da mídia e inimigo do estado
Somos malês, bolívares, tupamaros
Lamarca, balaios e insurgentes revolucionários
Nós somo os louco que vocês mesmo criou
Que o sistema oprimiu e a polícia ainda não assassinou
Que a classe nobre, parasita explorou
Nos marginalizou e mesmo assim nós levantou
A vida ensinou, nem sempre pelo amor
Que a dor constrói um verdadeiro vencedor
Um homem de caráter é um homem de valor
Que luta pelo que acredita até a morte se preciso for
Os gueto, contra a miséria vai se organizar
Gangues, facções e grupos paramilitar
Oficinas, saraus, educação popular
Grupos guerrilheiros tipo as FARC, Hezbollah
Sem terras militantes da reforma agrária
Fazem frente a capitanias ainda hereditárias
Originárias da colonização
É a burguesia que enriquece, lucra com a corrupção
Militarização, cria censura
A mais valia do patrão, protegida pela ditadura
Caricatura de um país em retrocesso
É o sangue da favela que alimenta o seu falso progresso
Consumismo em excesso, pobreza extrema
Transforma o adolescente em inimigo um do sistema
Esse é o problema, em meio ao genocídio
Exigir educação inaugurando mais presídio
Não tem subsídio, não, não tem fiança
Só querem um motivo pra matar nossas crianças
A única esperança de melhora pro país
É contra-atacar cortando o mal pela raiz

[Refrão: Don TGT, Jean Tassy, Rafael Cabelo, Thiago Jamelão]
Eles não me querem livre
Mas não podem me tocar
Traga-me de fato a coletividade
Limpar o mau que distancia da verdade
Tô pela força de juntar todos em um
Pois um em todos, transformar o amor em algo comum
Eles não me querem livre
Mas não podem me tocar
Traga-me de fato a coletividade
Limpar o mau que distancia da verdade
Tô pela força de juntar todos em um
Pois um em todos, transformar o amor em algo comum

[Verso 2: GOG]
Incrível! Chegou num nível inadmissível
Mão pra cima, outra chacina horrível
A forma como a mídia trata, descarta
Gera Bolsonaros, ojerizam Zapata
Com comparsa monta farsa, pista falsa caça
Nem disfarça, acha graça, ergue a taça
Atitude só realça, sem massagem pra reaça
Que pede minha cabeça no domingo na praça
A saída é pra dentro, perifa no centro
Das decisões, ensina os velhos refrões
Sem fé em conto de fada e dragões
Somos leões, amotinados milhões
Esse é o ponto, ao ataque, ao confronto
Afronto no visual, na escrita e pronto
Vou me jogar, vou na jugular
Tribunal popular, mano na porta do bar
Nossos motivos pra lutar ainda são os crespos
Nossos motivos pra lutar ainda são os guetos
Django Livre e seus longos calibres
Canetas apontadas pro papel são rifles
A rua te chama, então atenda o chamado
A treta te chama, se mantenha afastado
Chama acesa aquece, tece o revolucionário
Herói de playboy? Jamais será páreo
Nossa história é contada, sempre lembrada
Se a gente não propaga, a chama se apaga
Vira arquivo morto, sai da zona de conforto
Vá de aeroporto, mas visite o cais do porto
Nossos heróis não morreram de overdose
Nossos neurônios não merecem necrose
Heitor Valente e GOG arrombando os cofres
Informação na favela qualifica a estrofe

[Refrão: Don TGT, Jean Tassy, Rafael Cabelo, Thiago Jamelão]
Eles não me querem livre
Mas não podem me tocar
Traga-me de fato a coletividade
Limpar o mau que distancia da verdade
Tô pela força de juntar todos em um
Pois um em todos, transformar o amor em algo comum
Eles não me querem livre
Mas não podem me tocar
Traga-me de fato a coletividade
Limpar o mau que distancia da verdade
Tô pela força de juntar todos em um
Pois um em todos, transformar o amor em algo comum