[Verso 1: Bruno Chelles]
Nesse mundo de ilusões onde passamos nossos dias
Não posso ser quem eu sou
Minha vida se confunde em meio a cenas vazias
De ódio e de amor
Onde se convence o povo a comprar o que não precisa
Meu Deus onde, é que eu estou?
Se você passar lá em casa, por favor, meu bem, avisa
Quero esconder o meu mundo
[Refrão: Bruno Chelles]
Posso sofrer, posso chorar e até cair
Mas essa noite, amor, eu vou morrer de rir
Posso sofrer, posso chorar e até cair
Mas certos dias eu me encontro assim
Pois sem amor vejo que estou
[Verso 2: Bruno Chelles]
No mundo de ilusões escondo as emoções atrás de um computador
Trancado no banheiro já com os olhos vermelhos
Tento esconder minha dor
Meu bem, o que eu queria era estar na Bahia
Com você não existe um final
Sem luz, sem energia
Sem carro, sem correria
Colhendo frutas no meu quintal
[Refrão]
Posso sofrer, posso chorar e até cair
Mas essa noite, amor, eu vou morrer de rir
Quero viver, fazer um som me distrair
Mas certos dias eu me encontro assim
Pois sem amor vejo que estou... assim
[Verso 3: LK]
Procurando encontrar uma direção
Nesse mundo de ilusão, só
Espero que não caminhe rente à multidão
Surda e muda e sem visão, fingem não prestar atenção
Enquanto estão amordaçados pela manipulação
E por mais que eu tente, é sempre diferente
O que a alma sente e o que a mente entende
Pouco a gente entende, pouca gente entende
O que é relevante, ultimamente tão distante
Mais descrente do que antes, fez-se o povo ignorante
Nesse instante, pessoas brilhantes crescem nas favelas
E em um instante, ideias brilhantes morrem atrás de telas
Nas novelas e um anúncio de TV
Monitores que amenizam dores falsos amenizadores
Procuro me dar mais um tempo pensar no futuro
Esfriar minha cabeça e respirar fundo ou quem sabe
Além do mundo eu mesmo me iludo e finjo que esqueço de tudo
E no momento eu só penso em fazer um som pra viver
Fecho os olhos pra não ver, permito o não perceber
A frieza urbana, a fraqueza humana
O modo que voa a semana, tempo que engana cidade que esgana
Sistema que explana sua forma tirana enquanto
Se eu me desligasse até podia enxergar nós na Bahia
Eu e você sendo abençoados por um novo dia
Parece até ironia hoje ser só nostalgia
Que preenche o espaço no meu peito em lacunas vazias
Dias de agonia, distância judia, a mente cria
Na melancolia mil filosofias, me alivia
Mesmo que por pouco tempo a dor beneficia
Hoje o sofrimento virou poesia
[Refrão]
Posso sofrer, posso chorar e até cair
Mas essa noite, amor, eu vou morrer de rir
Quero viver, fazer um som me distrair
Mas certos dias eu me encontro assim
Pois sem amor vejo que estou assim