Haze
Cinza
[Letra de: "Cinza"]

[Intro]
Salva a vida contra o corpo

[Verso 1]
Salva a vida contra o corpo
Onde durmo sobre o mundo nada existe daquilo que fomos
Quinze noites p'ra Saturno e conto o dobro para a morte
Sob o hábito do teu toque no qual moldo o meu sufoco
(O que me dás é pouco)
Fica com a razão toda
Enquanto eu ardo a tua boca quer que o coração morra
Brilhantes no papel enquanto amantes, atores, putas
Ser ou não ser a terra onde as tuas flores murcham?
Saber a minha dor? Foda-se
Quando ris, o trono volta-se vives triste, amor nota-se
Pugnas ao luar, somente eu e Prometheus
Eu só vim cobrar tudo aquilo que Deus me prometeu
E tu juras vir mais tarde
Seres capaz de me afogar e renascer em Asgard
E eu de corpo inteiro aceito me afundar nos teus lugares
Ou partilhar o espaço de um apartamento a pares

[Refrão]
E eu de corpo inteiro aceito-me afundar nos teus lugares
Ou sucumbir no espaço de um apartamento a pares
E eu de peito inteiro aceito-me afundar meio dos braços
Onde teimo em encontrar algo que não existe mais
[Verso 2]
Noites em Budapeste
Quanto mais a leste melhor tudo o que nos resta agora
É ver como a lua aparece e como a fome nos apodrece
A cada peça que ela despe mais o corpo soa a tambor
Quem pior amamos nós?
Na ânsia da partilha quando os dois estamos a sós?
Valquíria, o quanto dói? és realeza, eu escrevo frases
Enquanto desconstróis a minha tristeza por fases
É doença ou paciência?
E a libido esbatendo as imensas diferenças
Que temos um do outro, nós a Sermos quando calha
Dois corpos sobrepostos tão no centro de Valhalla
Que essa elegia nos valha
E tu Rainha cala a noite inteira além das balas
Minto e juro ser melhor, p'ra além de nós correm estações
Os dois sobre colchões enquanto morrem as estações

[Refrão]
E eu de corpo inteiro aceito-me afundar nos teus lugares
Ou de sucumbir no espaço de um apartamento a pares
E eu de peito inteiro aceito-me afundar meio dos braços
Onde teimo em encontrar algo que não existe mais