Harold
Algo Injusto
[Verso 1: Tem-p]
Há mais de 10 anos atrás bem distante daqui
Nascera um rapaz que o rap conhecera por Tem-p
E eu cresci e eu hoje percebo a minha mágoa
Ver o meu people rastejar chorar por um nicles de água
Sinto que vim do nada parar neste pais
Que olha para África como pretos e lixo
Europa feliz nem todos vem na verdade
Desde do [?] seres aprendiz aulas de futilidade
E a tua capacidade monetária de facto
Esvazia a tua mente enriquece teu guarda facto
Num contrato bazo sem valores e essas tretas
Tu vives na fase das tetas etiquetas
Jaquetas de marcas nem sabes que a cena custa
O cota não te dá paca tu chamas a vida injusta
Vives sem rédea curta enquanto o povo luta e furta
Eu olho para o poço
Damn a vida é puta

[Refrão]
Homem nasce com ADN na cobiça
Insatisfação eterna gera malícia
People faminto a dormir na cortiça
Têm pão em casa reclamam injustiça

[Verso 2: Nastyfactor]
Sejam homens conscientes
Não digam que não choram
Não fiquem reticentes
Agarrados aos que devoram
Um feeling autoritário num cenário que se evapora
Perante um diário que não se escreve não se decora
Sem tinta para um sumário avalizado só na hora
Da morte imprevista cruel que não chora
Aquilo que o artista tentou seguir à risca
Mas o rosa jornalista só pensa no capital
Tornando-se um vigarista perfeito e ideal
Aos olhos do capitalista entrega-se ao comercial
E pode mudar a lista, a cor e o locutor
Mas o odor exibicionista ganha toques de senhor
Para não sair da pista lambe rabos e a favor
De uma carreira de artista cheia de manhas e dissabores
Compreensíveis à vista de engenheiros e doutores
Comportamentos irracionais
Comportamentos à roedores
[Refrão]
Homem nasce com ADN na cobiça
Insatisfação eterna gera malícia
People faminto a dormir na cortiça
Têm pão em casa reclamam injustiça

[Verso 3: Papillon]
Ai meu Deus
O que é que deu nesses filhas da puta
Eu tento ser apenas eu na minha conduta
Mas cresço nem desapareço
E vejo que não me pareço
Com esta sociedade cega, surda e muda
Que nunca viu
Aqueles olhos que imploram por ajuda
Nunca ouviu
Aquele que grita aflito que implora: "Deus me acuda"
Não te avisou
Nem a ti nem aos teus bros
Que vinham bongos assassinos
E que era para tu dares de fuga
E tu foge que ela é dor
Que não vê cor
Seja ela qual for
[?]
Que fode mesmo quem se impor à banca
[?] no televisor, importante
E o mundo fica mais pequeno
Se ela é muito grande
[Outro: Papillon]
Ela é aquele vírus antigo
Que vem tipo nova vaga
Que se espalha como aquela praga
Que nunca acaba
E tu repara que essa ferida nunca sara
Só quando o tempo e espaço pararem
É que a injustiça para