[Introdução]
- Você é de Matrix?
- Sou... Não... Digo, eu era
- Por que saiu de lá?
- Eu precisei
Corre Produções, Mister
[Verso 1: Mr Break]
Me vi cansado demais de tanta ilusão
Não fode! Quem foi que congelou meu coração?
Pedidos de filhos e pais numa oração só, e não tem
Palavras pra contar, e mantém
É tipo "Esquina's Anthem!"
Matrix sobrevive a causa de mentes que não fazem nada
Conduzidos também, nasceram infelizes no caminho
Tenha muitos planos nessa porra mas execute-os sozinho
São perda demais, ou ganhos iguais, pedidos rivais
E a carne sobrevive além da vida
E a pilula convida, mais inheiro pra entender
Ostentam pra caralho e nem Morpheu pode deter
Somos filhos de Zion na profecia
Dor é passageira, só que brota todo dia
Se a colher não existe, vou ter que resolver
Se entorto os meus demônios ou se desdobro você
Vai...
[Refrão: Luccas Carlos]
Tô indo embora pra não ter que voltar (volta, volta)
Meu lugar não é aqui (não é aqui)
Se tenho essa missão, se é pra salvar minha nação
Só me resta fugir
Nosso futuro tá longe daqui
Nosso futuro tá longe daqui
(Na, na, nada vai parar)
Não vou desistir pra deixar de existir
[Verso 2: Sant]
Em terra de Morfeu, ignorante é rei
Ó, reles mortais, se soubessem o que eu sei
(Nada sei)
Ser humano fede a enxofre, mãe natureza sofre
E você vai pra rua gritar "Mais Amor!"
Mas em casa encarcera o coração num cofre
Minha perna tá me matando
Mas será que essa porra é uma perna mesmo?
E a dor, é interna mesmo?
Qual pílula que cê quer?
Que meu flow vai te entortar até tu entender que essa merda não é uma colher
Querem ouvir o canto dos anjos enquanto pássaros morrem
Florestas queimam igual favelas, e os carros correm
Corroem convicções, destroem coelhos brancos
Pra que não enxergue
"Vai, segue a verdade e a fé de tantos"
Acendo a vela pra esperança
Minha compaixão? Deixei num lugar onde cê não alcança
(Sua mente faz ser real)
Fugir nem sempre é tão trágico
Cospem em Deus e o Diabo que é o problemático
Jaulas, gaiolas, aquários, escritórios
Vida é experiência, o mundo é laboratório
Em épocas como essa, eu dou valor pra quem tem horta
Cidade respira sangue, se entope de carne morta
[Ponte: Luccas Carlos]
Nosso futuro tá longe daqui
Nosso futuro tá longe daqui
(Na, na, nada vai parar)
Não vou desistir pra deixar de existir
[Verso 3: Kayuá]
Você não pensou nisso creia, você foi induzido
Percebe? Você pensou no que pensa, e eu te induzi
Somos marionetes de raciocínio reduzido
Se eu soubesse menos, talvez dormiria melhor
Minha penitência, prisão perpétua foi enxergar mais que você
Expulso do Éden, fruto proibido, saber que nunca deveria ter
E nessa carcaça corruptível se decompondo, alma ao relento
Ser humano nessa prisão já vem morto desde o nascimento
Seu uso de drogas só vai te dopar, mas não libertar
Quanto mais alta a dose, mais as psicoses no fundo do poço cê vai se encontrar
No dia seguinte após os prazeres, ressaca, tudo se encontra no mesmo lugar
Preso sem algema em guerra com a bela Trix a me abraçar
Você se encontra perdido em bebidas e livros de auto-ajuda
Cada pessoa que você copula
Se vai um pedaço de alma que nunca mais gruda
E ele quer todas as bucetas, ela quer um cardápio de pica
Mas sua vida é uma rodoviária, pessoas só passam mas ninguém fica
[Refrão: Luccas Carlos]
Tô indo embora pra não ter que voltar (voltar)
Meu lugar não é aqui (não é aqui)
Se tenho essa missão, se é pra salvar minha nação
Só me resta fugir
Nosso futuro tá longe daqui
Nosso futuro tá longe daqui
Não vou desistir pra deixar de existir