BK’
Rimanessência
Pow pow, som de tiros lá fora
Na rua vejo um corpo no chão
Adivinha qual a cor, é
Mais um soldado vai embora
Nessa guerra ninguém perguntou se eu queria participar
Certifique que está tudo na mala
Seu sorriso falso, a dose de ódio para suportar o dia
Cada um com sua morfina, cada um dando seu jeito
Continue na mira, mas não seja batido
Queria matar e não matei
Disseram que ia rodar e não rodei
É que eu ainda tenho algo a perder
E se eu perder que eu vou botar pra foder
É, quem tentar obterá
Quem tentar e não conseguir, obliterar
Quem quer aparecer, tome cuidado
No futuro pode estar em cartaz, desaparecido ou procurado
Bote a peça na cabeça, puxo o gatilho e se sinta curado
Ou siga em frente mesmo estando ferido
Ou seja fraco e se esconda igual rato
Forte ou fraco, ninguém tem nada haver com as minhas escolhas
Minha perspectiva, minhas regras
Minhas feras soltas, minha selva
Matamos um rei por dia, todo o dia
Que me causa agonia, me sufoca
Seja batido na tentativa de troca
Mas a vida ensina e a gente obrigado a aprender
A vida em si na pista te obriga a viver
A vida em cina, cinas, minas, milhas
Sinos e sinais pra mais sagaz
Deus continua me testando
Demônio continua me tentando
Porra, eu só queria um dia normal
Sem ter que escolher entre o bem e o mal
Pra mim os dois são letal
No meio dessa briga eu tento, mas não me firmo
Às vez oscilando entre a porta do paraíso e a beira do abismo
Mas se entre o bem e o mal existe o lado forte, um nó
Então me diz quem viverá um lado só
Pra o inimigo estar comigo quando estou só
E o ser humano enlouquece
Salve-se quem puder
Salve-se quem tem fé