Rodrigo Campos
Cidadão
Cidadão, esquizofrênico, rondando na periferia
Às vezes lúcido, infeliz, conforme a luz, conforme o dia
Ouvindo vozes na cabeça, ouvindo Dylan
Vendo rock in roll passar

Cidadão, esquizofrênico, parado em frente ao boteco
De galocha, na avenida principal, pedindo um teco
Ouvindo um samba na cachola, ouvindo um rap
Vendo Bruce Lee voar

Meu bairro nunca foi igual ao bairro de nenhuma estória
E tem seu próprio carnaval, um cidadão nunca vai ser igual

Cidadão, esquizofrênico, correndo no jardim valquíria
Ansioso, a noite toda, procurando a luz do dia
Estudando um passo torto, um samba, um rap
Um rock pra se orientar

Cidadão, esquizofrênico, morando na periferia
Às vezes lúcido, feliz, conforme a luz, conforme o dia
Ouvindo um rock na cabeça, ouvindo um chip
Vendo James Dean dançar

Meu bairro nunca foi igual ao bairro de nenhuma estória
E tem seu próprio carnaval, um cidadão nunca vai ser igual