[Letra de "Loucos somos todos"]
[Verso 1: Montana]
Todo o ser humano
Pode ser louco
Acredita no que eu falo
Acontece e não é pouco
Burro é quem o subestima
E se acha mais doido
Por viver num bairro
Supostamente mais perigoso
Existem bairros onde mora a razão
E a sensação de harmonia, paz
Amor, respeito e ilusão
Não há banhadas em lojas
Nem roubos por esticão
Existem homens de negócios
Que transformam pó em pão
Cidadão comum aos olhos da sociedade
Homem de família
De apoio à caridade
Loucura mora
Na cabeça de mente pura
Até o maior respeitador virá pior criatura
O jogo do gato e rato
Depende da situação
Cuidado que o rato
Pode-se transformar em cão
[Verso 2: Praso]
Há quem viva com a fé perdida
E o corpo à deriva
Se o diabo lhe convida
É companhia para a descida
Nunca digas para sempre
Para sempre é muito tempo
Loucos somos todos
Uns são só por dentro
O facto de não pesares
O fardo que um homem carrega
Não te dá o direito
Por julgares a história de um outro colega
O presente é o momento
O passado o balanceamento
Egocêntrico do julgamento
Não venderá qualquer lamento
A cara e o sorriso
Escondem algo mais forte
Não há sorte
Nada a perder, nem à morte
O mundo pesa
E tem os ombros como suporte
Transformar o negativo em positivo
Antes que se perca o norte
E quem? É que lhe confirma que o amanhã
Será melhor, se pode enlouquecer
E tornar-se em alguém pior
Com vingança e sem rancor
Já que a voz ficou sem amor
Nunca mostrou qualquer esplendor
Não pediu para nascer
Nem nasceu para pedir
É que ele pode parecer
E não ser o exemplo a seguir
[Outro: Praso]
(Loucos somos todos)
(Uns têm motivos...)