Praso
Conversas de balcão
[Letra de "Conversas de Balcão"]

[Verso 1: Montana]
Alcool Club
Conversas de balcão

Pouca luz
Jazz numa coluna
E uma empregada que me seduz
Na parede, um quadro
Tecto espelhado
Um traficante ao meu lado
Com um futuro assegurado
No quintal enterrado
Atenção
Temas perigosos para conversas de balcão
Não é ladrão
O mundo em que vivemos
Não está fácil, não
E tenho a sensação
Que o que se passa à noite muda a razão
Mas uma transação traz ação
Brincalhão vais servir de comida para o cão
Só medidas adequadas para o assunto em questão
Investigações
Polícia dá um passo à frente
Nós damos dois sem receio
E o meu copo já está a meio
Empregada faça algo antes que isto fique feio
Porque bons modos eu não tenho
Tu aí
Rapaz, quando o diabo me levar
É um favor que te faz
E os brutos que estão comigo
Também não estão interessados
Em fazer amizades
É ou não é verdade?
Vivemos num ciclo de vícios
Caminhar sem parar e ainda voltar ao início
Saber de cor os caminhos para o precipício
Fazer parecer fácil é difícil
E aprendi
Não tenho medo de ti
Eu tenho é medo de mim
(Como é? Pedimos outra?
Também não faz mal a ninguém, né?)

Gosto deste balcão
Madeira antiga, trabalhada à mão
Bom salão, Alcool Club

[Verso 2: Praso]
Hoje parece-me tudo mais seco, mais roto
Mas podre, mais desenquadrado, desiquilibrado
Tenho meio euro no bolso dobrado
Deve ser das pedras
Não tenho sentido nada
O Logan ampara-me as quedas
Dono do balcão
Cara torta estilo cão
Dois Martini's para a alucinação
Chamo concentração
Mas então irmão?
Não trouxe cartão
Empresta-me uns trocos para o serão
Fico em conversas com pessoas diversas
Troco nomes, troco peças
Não sou daqueles por quem te interessas
Eu sei que tu aí tens algo para mim
Andas a disfarçar
Pensas que eu não vi
Não me rendo e vou para ali
Torno-te no meu álibi
Conversas [?]
Eu sei que tu aí tens algo para mim
Andas a disfarçar
Pensas que eu não vi
Não me rendo e vou para ali
Torno-te no meu álibi
Conversas [?]
[Verso 3: Harte]
E deixamos bem claro
Que todos conseguem fazer isto
Errado
'Tá cada vez mais raro
O rap de qualidade
Vou ter com os camaradas chillin na cidade
Hoje fumo, bebidas marotas
Tudo à vontade
Calar bocas desses invejosos
Como o diabo
Não tenhas conversas de balcão no bar errado
Podemos estar ao teu lado
Reunidos, bem pedrados
Brindes à família
Brindes ao amanhecer a ver a luz do dia
Mais uma estadia no inferno
A rua está vazia
A calçada estava fria
A bebida fresca
Senta-te querida
A tua companhia vai ser boa de certeza
Sem estrilho
Sem confusão
A pega paga uns copos, não consigo dizer que não
De certeza que o brutos têm a mesma opinião
Não abandonamos o salão tão cedo
Morcão completa este jazz
Diretamente do cerco