[Letra de "Muxima" Featuring Paulo Matomina & MCK]
[Refrão: Paulo Matomina]
Muxima, oh muxima
Muxima, oh muxima
Muxima, oh muxima
Ngana Nzambi, [?]
[Verso 1: Kid MC]
Já há muitos anos, que nos angolanos
Perdemos o senso de irmandade que reinava no seio dos manos
Do tempo em que a união era visível
E o problema de uma só pessoa preocupava os outros tantos
Cadé o coração que se emocionava e se alegrava
Sempre que alguém visse a sua vida realizada
O amor até parecia uma crença, e ter dinheiro não implicava olhar p'ra os outros com diferença
Cadé a amizade sincera, onde o rico sentava com o pobre e dialogavam da mesma maneira
Partilhavam mágoas e permaneciam kambas
Porque ser alguém na vida não era problema
Hoje é visível o separatismo e a falta de afeto
Provocada pelo profundo egoismo
O coração do angolano está a se transformar em pedra
O ódio é um feeling cada vez mais vivo
Era suposto nos amar-mos envés de lutar-mos
Para ver os nossos próprios irmão acabados
O apoio foi trocado pela inveja
Fazemos tudo para impedir que o próximo cresça
Nos perseguimos na família e no trabalho
Existe prazer a ver o outro a ser humilhado
Nos preocupamos apenas com o nosso bem
E a tendência é sempre passar por cima de quem não tem
O coração tornou-se impuro
E se tu fores solidário serás visto como um homem burro
Muitos têm na igreja as suas vidas
Mas nunca perceberam o que está escrito naquela bíblia
Andamos de mãos dadas com maldade
A desgraça dos outros é a nossa felicidade
Dentro dos nossos corações, a monstruosidade é a única verdade
[Refrão: Paulo Matomina]
Muxima, oh muxima
Muxima, oh muxima
Muxima, oh muxima
Ngana Nzambi, [?]
[Verso 2: MCK]
Watodilage muxima
Masta K 'tá em casa, confirma
Qual é o Kiabo, qual é a Rima?
Dá-lhe, dá-lhe, dá-lhe, dá-lhe, mô Katró!
Pus o meu nome em vários bocas, haters fazem broche
Da cidade até as barrocas, sou querido como o Porsche
Jogo duro, respeito coisa alheia
Essa é a regra, só colhe quem semeia
Envés de amar, você me odeia
Teu beef é madoísmo, cala a boca, queres boleia
Sou consumido da Igreja à assembleia
Meu sucesso é violento, bato dentro da cadeia
Dizes ser o mais fodido, o teu rap é bem Titica
Discurso sensurado, Gonsalves Nhangica
'Tás sem banda, tipo o avó Jacinto
21 de Janeiro, Rocha-Pinto
Guibinguilé, teu rap morreu
Tenta no [?]
Tu lambes bota e dás o rabo por um saco de arroz
Eu dou a cara, mostro o cabo, reivindico e é p'ra nós
União é a nossa frase de ordem
Revolução, cães que ladram não mordem
Se joga pro mar, afoga esta ira
Deixa de ser egoísta, conspira e traíra
Angola é só coro, tipo do W King
Até hoje choro, Cassule e Kamulingue
Caminho só, sem Kangamba e [?] atrás
Sou tipo o Jó, escravo dos meus ideais
Fé em Deus, humildade e paz
Uma gota de sucesso, um oceano de rivais
[Refrão: Paulo Matomina]
Muxima, oh muxima
Muxima, oh muxima
Muxima, oh muxima
Ngana Nzambi, [?]
Ngana Nzambi, [?]
Ngana Nzambi, papá
Aiué, Ngana Nzambi, mamã
Aiué, Ngana Nzambi, papá
Aiué, Ngana Nzambi, [?]