NERVE (PT)
PRATTA
[Letra de "PRATTA" ft. ESCALPE]

[Verso 1: NERVE]
(Sabes que mais?) Se eu fizer pop, vou full-on
Moonwalk slalom entre Billie Jeans
(Uau) Ó p'ra mim bilingue (Yes)
Vendia prints, como assim invisto em bling? (Bling)
O meu melhor ano foi 2020, quero o mundo
Quero o meu nome em tudo, até num pinky ring (Mínimo)
ESCALPE a esfolar distritos, só p'ra explanar o estrito
Já viste o modo como eu escrevo?
P'ece que tava escrito (Foda-se)
TILT, fuma-os mal os vires
Já matei um pela manhã, hoje acordei numa de dar uns tiros

[Verso 2: TILT]
É só disparar, não mires (Shh)
Com tantos falhados, difícil é falhar nos tipos (Oh)
Espirro em cima de quem culpar o vírus, assim dói-lhes
Sim, no fim já colhes tudo, p'a que o teu povo assista
Artista, és fogo de vista que eu apago num piscar de olhos
Debaixo da pedra, verme, mas pai desta merda, man
Tipo que rego o Éden com sémen enquanto a Eva geme
Contra a corrente, sem placa ou prémio
Sem que a massa lerda reme
"Não pares, tu és um génio", disse-me um génio que é da CERN
Aquilo que me pode separar dum louco
É uma merda ténue, por isso eu conto-te (Uoh)
Reza a minha queda, juro que a terra treme (Às vezes)
A ira que um gajo herda, berra, e saio da guerra zen (Às vezes)
Às vezes o mundo não me diz nada tipo que nem leva N
[Verso 3: NERVE]
E-R-V-E, é assim que se soletra génio
Nato nisto, tipo que o skill governa gene (Sou um natural, boy)
Se me vires à noite, boo, Slenderman (Treme)
Vou sempre encarnar o Demo quando fizer uma demo
Faz-se tarde p'ra ficar a ver no que há-de dar (Ah)
Escrevo uma barra a correr e 'tá a andar (A andar)
A vida presta, esquece (Esquece)
Uma destas? Deves (Deves)
Não tem queda p'r'esta merda quem te empresta versos

[Verso 4: TILT]
Não são promessas que depressa esqueces
Acredita, aplica fé nessas preces
Na corrida, antes da meta, perdes-te
Devida lição de vida até que a cesses
Uma teca aos S's depois da vodka doce
Antes de voltar ao pó, faço do Feijó famoso
Em tom de nota roxa, ó bode, acabou-se
Eu duvido que p'ra ti o Sol volte a pôr-se, eu

[Verso 5: NERVE]
Ainda sob efeito, p'aí às onze e meia
Acordo zonzo e leio aquilo que a moca trouxe
Já te assassinei quando comecei, tinha só catorze
Agora com mais do dobro: "Filha da puta, como?"
O que vale é que eu partilho a lírica
Iria dar uma trabalheira tentar apanhar a ideia toda
Se eu falasse tipo quem 'tá cheio de pressa
P'a dizer que é muita bom (Eia c'um caralho)
Já 'tás careca de saber: ESCALPE
O nome tá me'mo a dizer (Mano, 'tou-te me'mo a dizer)
Aqui a malta é tranquila, vem comprar umas rimas
Se 'tás me'mo a viver
[Verso 6: TILT]
P'a ser sincero, temo assim ser fã do inferno
Então vim aqui ter, e a condizer
Aplico o cruel saber doentio no Karrossel p'a meu bel-prazer
Essa é a tua merda, boy? Que belo lazer
Deposito fel no papel, tripas antes do cogumelo bater
A caneta é uma bazooka fixe
Mas tirando os meus, isto é muita triste
ESCALPE limpa a Tuga p'lo capricho
Skill de Deus tipo "nunca visto", isto é FUSCO