[Letra de "Devoto"]
[Verso 1: Dalsin & Sant]
Bom dia, devoto
Eu sei o que te faz perder o foco
Eu conheço a dor do palhaço
Mas firme, eu também vi a mesa cheia de copos
Com putas e garrafas que pagavam meu carro
Na mente, um estrondo
Barulhão, um embrulho no estômago
O ronronar da gata 'tá me deixando fraco
Mas já não faço parte dessa parte do plano
Agora, eu quero grana porque eu fui humilhado (Melhor recompor)
Sou racional e entendo pouco de amor
É complicado compreender minha dor
Eu também me sinto mal
Igual você, aguardo lá no quintal se alimentando da refração do sol
Na mão direita, um café
Pedindo agô pra Xoroquê е seu Zé
Me perguntando pra ondе foi minha fé
Ciscou, vai ter que voar
Filho de pemba que deixou de saudar
'Tô mais perdido que quem eu devo salvar
Mas vou sem pensar
Com ódio, mastigando um Trident
Reclinado ali no banco da frente
Riscando o nome de tanta gente
'Cês pode achar que pá, mas ninguém passa batido na lente
É só esperar, já, já é nós que fica contente
Com sorriso branquinho nos dente'
Mas vale lembrar, só quando o sangue 'tiver na descendente (Ahn)
A raiva vai ser temporária, o rancor permanente (Si)
[Verso 2: Sant & Sain]
Hã, é um baile de máscaras
Tudo que o mundo oferece, clássico (Mundo oferece, clássico)
Sorriso e lágrimas
Muito mais do que mereço, paradoxo
Da minha janela, eu vejo o sol que invade celas
Meu mano ligou, disse que é a audiência é em novembro
Ninguém quer passar o Natal sem parente na ceia
Se ele perguntar como que é que eu 'tô, me desconcentro
Pareceu cena de filme, era umas 3:30
Fora o clarão na esquina, eu quase não me lembro
Se não fosse a chuva, a mancha se tornava eterna
Mas depois daquilo, ele nunca mais foi o mesmo
Hm, ironia da vida
Só tu sente a dor da tua ferida
Mas sozinho, não tem quem consiga
Então é melhor saber quem 'tá disposto à briga, né?
Da minha janela, eu vejo as luzes da favela, meu mano pensava que ninguém xisnovaria
A confiança é uma mulher que foi traída
E a sua ex foi sua única visita (Haha)
[Verso 3: Sain & Felp 22]
As regras 'tão dentro do jogo, o jogador só segue
É foda como eu incomodo gente que nem me conhece
Ignorando essas fofoca', eu quero é ficar mec
Ainda 'tô atrás da melhoria, eles atrás de estresse
Tipo, escrevi essas merda' com depressão
Vocês vão ver o que eu vou fazer com essas pedras sob pressão, é
Do fundo da adega, o mesmo vilão
Eu vim pra levar a donzela, a tela e a exibição
Daquele jeitão, sem desmerecer ninguém
Já caminhei em vão com quem nunca me quis bem
Marcas no meu coração, já magoei também
Mas mudei de direção pra não descarrilhar o trem
O foda é que eu disfarço bem
As nota' me conforta e, nessa troca, sempre morre alguém
Poesia torta é o que eu tenho pra você, meu bem (Ha, 'tá ligado?)
Me desculpa se não for suficiente
É que o inverno é gelado, mas eu ainda cuspo rimas quentes (Grrah)
[Verso 4: Felp 22]
Essa esquina é tipo ringue sem luva de boxe
Os moleque' do farol 'tão na capa da Forbes
Saber dança com a chuva conforme o jogo se move
Saber sair da lama na intensidade que chove
Não vai entregar sua vida pro inimigo de bandeja
Atira nesse verme, confirma se ele rasteja
Difícil de mudar o caminho se essa esquina não me deixa
Já dizia minha coroa: "Não mexa em ninho de vespas"
Fazer um comércio lucrativo como venda de crack
Eu tenho uns mano' chei' de ódio que vai fumar seu Nike
Foda-se se a gravadora não quiser dar destaque
Fazemos milhões de dólares vendendo os blocos de Cali (Haha)
(No frio do inverno, de jaqueta e moletom)
(Fumando especiaria, nós perfuma o lugar)
(Vida longa e eterna pros puro' de coração)
Muita munição pra quem quer nos derrubar (Rrah)
É coliseu dos deuses (Dos deuses, ahn)
Na elegância e classe, nunca perde a majestade
Essas rua' tipo Olimpo, hã (Ai, ai)
Geral é brabo até o momento dos leão sair da grade