[Refrão]
Vi muito burro
A entrar pela porta do cavalo
Se não és rato de pé rapado
Fazem de ti gato-sapato
Desculpa se eu parto a loiça
Eu quero tudo em pratos limpos
Não estás apto
Não compliques
O tom perfeito é tão simples
[Verso 1]
É a conduta quem dita o conduto
Os motivos do culto
Não são novos
Se saio da casca
É para que gemas às claras
Em bicos de pés sem partir ovos
É provável o babel
Caso eu não vá belo
Se não suportas não olhes
Se caem em mim
Como Caim em Abel
Não é saudável
Tenho quem vingue os mortos
Parceiro tu não te baralhes
Se estiveres a dar cartas na área
Guarda os trunfos que tiveres na manga
Para na altura certa recolheres a bazada
Porque se eles quiserem o ouro
Dão-te com paus
Até te virares do avesso
Ficares encurralado entre a espada e a parede
Fechado em copas
Até te encontrares seco
Não é à toa
Que quem atua diz o mesmo
Se houver molho
Só não se molha quem circula a malha do cachê
Afasta songamongas e sanguessugas do teu aconchego
Para quando o homem do crachá cá chegue
Ficar a fazer crochê
[Refrão]
Vi muito burro
A entrar pela porta do cavalo
Se não és rato de pé rapado
Fazem de ti gato-sapato
Desculpa se eu parto a louça
Eu quero tudo em pratos limpos
Não estás apto
Não compliques
O tom perfeito é tão simples
[Verso 2]
Rezas para que ceda de quatro
Só que eu faço
Para acabar como o dobro deitado
Não queres correr riscos
Escuta o ditado:
Não ponhas o nariz onde não és chamado
O fardo que eu herdo é árduo
Desde novato, vês o ar nu do vate
De sol a sol, nuvem no sovaco
Dissolve o sal e não vence o vácuo
Buli farto, buli farto
De facto, foi a bula
Com que aboli o fardo
E bani o frete de ser um bonifrate
Se der para a despesa
Estou a borrifar-me
Não há farinha para moleques
Nem pão para malucos
Quero resolver os truques desse complô
Fazer acreditar os putos, quando for oca a fé
E tirar da porta do café quem vive lá como um bibelô
O que o diploma da pluma dê pelo meio
Onde a epidemia é o pé-de-meia
Calúnia da colónia que clona o seio
Aumenta o clã na coluna e percebe a ideia
O input é o mesmo
O ímpeto eu domei-o
Enchem o saco como chibos
E eu estou cheio
Vim para partir feio
Tira o freio
Distingue a corte do resto do cortejo
[Refrão]
Vi muito burro
A entrar pela porta do cavalo
Se não és rato de pé rapado
Fazem de ti gato-sapato
Desculpa se eu parto a louça
Eu quero tudo em pratos limpos
Não estás apto
Não compliques
O tom perfeito é tão simples