[Intro]
Existem tantas coisas que
Acontecem meia noite e quarenta (Hã, Brutang)
Eu prefiro beber Domecq e escrever
[Verso]
A sós danço sobre um teto preto
Eu não devia ter vindo aqui, mas
Já que eu vim, cê me dá uma de cinco
E me conte como a vida vai
Beba um cálice, um vinho tinto
Já não somos tão jovens mais
Você descobre sempre quando eu minto
E blefo com um casal de ás
Já são quatro e vinte cinco
Tem um mano de SP que traz
Tira sete mil conto limpo
Ex-funcionário da Petrobrás
Às vezes pareço a pistola
Esbanjo o perigo em poema de dentro pra fora
Terra de Moema, dilema, criança na endola
Decifra a rimar, e o poema a rimar
E o poeta te devora
Escrevi isso aqui só pra te intimidar, mas no fim percebi
Na quinta eu devolvo o seu brinco
Nos divorciamos cordiais
Aprendi a gostar de absinto
Y de otras cositas más
Ontem o amanhecer foi lindo
Vi traçantes e Parafais
Se me der um bom beat, eu brinco
Talvez ganhemos editais
Às vezes me perco nas hora
No sol de Ipanema saindo de cena, eu frio
Tu comemora, flow de vendedor de poema
E eu troco e aplico, nossa senhora
Escrevi isso aqui só pra te intimidar
Mas no fim percebi que no fundo era só solidão