Xamã
Bastardo Infame (Prod. POIK)
(Ber)
Nós é disposto, filho
E vive o que canta
Sempre mostro meu rosto
Beijo na boca da Santa
Pro meu encosto deixo vodka com fanta
Eu não pago os impostos desse estado pilantra

Nada mais puro
Fui salvo pelos meus versos
Estive em apuros no escuro
Afogado em excesso

Tô mais seguro
Respiro ar puro
Recapturo vivências desse universo

Na queixa pulei o muro
As rimas nem procuro
Apenas emolduro elas no caderno

Meu rap asseguro
As linhas configuro
Eu estruturo em bases
Torno isso tudo eterno

Cartel imortal, insano
O mais fumegante, cano
Segue real, o plano
Deixo o real em prantos

Acumulando notas
Multiplicando rotas
Segue de pé a frota
Dos reis do RJ

(Xamã)
Welcome to Rap Home
Meu nome é Xamã, não Jonny
Com um tio sobrevoando o segundo "a"
E não um drone

Pera aí... Meu telefone
Problemas em West Zone
Tem muito moleque que acha que é homem
Só porque a mãe comprou uma camisa do Al Capone

Tô mal de fome
Ouvindo um lado só do fone
Tá com o nome, some
O gramofone arranha o disco, bitch
Monstro come nas costas do Cristo
Leva e trás o casco
Tem churrasco misto
E Deus abençoou uns rolé sinistro

Ouvindo O Muro de Chapisco
O nome do meu mano Sonic
Meu primo gago quer andar de cy de cy de Cyclone
Disse que se so so soma ou some

Sorria e acene
O botão do foda-se acione
Mas raciocine
Que o creme não é o crime
Eu sou Jhon Constantine, otário
Eu vi o Jhon Constantine

Flow Houdini, quero que se dane
Bate e volta, Jhon Travolta
Jean-Cloud Van Damme, hã
Cartel, Bastardo Infame

(Funkero)
Drogarias Cartel. Bom dia!
Meu nome é Funkero, sou o farmacêutico responsável
Posso ajudar?
Tá querendo dormir ou precisa de algo pra acordar?
Temos o vício certo pro seu desespero
Aqui a satisfação é garantida ou nós devolvemos seu dinheiro!

Voltamos pro básico
Reciclo raps de plástico
Surfista prateado, tocha humana, o coisa e o homem elástico

Cartel Mutante
Igual Uri Geller com a mente entortando colher
É tipo uma conversa do Professor Xavier com o Chico Xavier

Te jogo no vácuo do cyber-espaço
Tropecei no meu próprio cadarço
Dei um socão na cara de um cara que tinha uma placa escrita: "Hey, aceita um abraço?"

Eu acordo de manhã já mandando o Sol se fuder
Você acha mermo que eu tô ligando pra qualquer opinião de merda que você tenha pra me dizer?

Vômito verde na tua cara igual a menina do "O Exorcista"
Vou comprar uma bicicleta daquelas de velho com uma porrada de pisca-pisca

Sobre rap game e eu?
Prefiro não opinar, igual Glória Pires
Vou usar um terno Armani, de boné e com um Mizuno arco-íris

Eu piso, eu mijo
Nas plantas do Jardim Botânico
Dr. Estranho? Não. Dr. Satânico!
O papo é pop
O que o padre faz com criança na sacristia

Cartel Infame é heresia
Sargento Pincel, Didi, Dedé, Mussum e Zacarias

(Pelé)
Triturando o beat
Vindo de Nikity
Bem-vindo a city
Passa tudo, não revide
Vivo ou morto, tu decide

Eu trombei com uns menor
Que faz rap e cheira pó
Bafa loló mas só canta papo kit
Falando em kit, eu quero várias supreme, adidas, nike

Jogo a X-9 na mala do carro
Me olham...
Cigarro? Traga vinte
4 horas do dia seguinte
Outra casa, outro drink
Outra puta dá chilique

Clima nada maleável
Sempre me encontro chapado
Desculpa sogra, eu sou o cara menos responsável

Pela minha cara nada admirável
Um humor mal-encarado
Eu sou a cara do Cartel, implacável!

Direto das costas do Cristo
Onde quase não somos visto
Aqui tu não precisa de visto
Se adianta e muita fé

Eu tô em toda parte
Conheço toda parte
Comando toda parte
Tudo 2
Segue na fé!