Xamã
Baguá Sessions #1
[Intro - Scratches: Erik Skratch]
Baguá Records
No meio de uma sessão
Erik Skratch
Baguá-Baguá Records
No meio de uma sessão
Erik Skratch
Agora é mensagem nessa porra

[Verso 1: Mano Fler & Xamã]
Olhe para mim, eu sou o tal do zé
Troquei a minha casa num fuzil tripé
Olhe para mim, eu sou o tal do zé
Troquei a minha casa num fuzil tripé
A distância judia da criança
Sempre a ganância gerou ignorância
Criminosos tem visão, tá no corre do cifrão
Seu limite é cadeia ou caixão
Enfermidade é o câncer de pele ou de mama
Barack Obama, Lula, Dilma e tio Osama
Esse feat chama, construí a fama
Se valoriza, nunca dorme mais que a cama
Num sofri o bullying podre de otários
Mas fui espancado por 40 soldados
É, sofrimento é só um fato, é mato
Sou vagabundo nato e permaneço cadeado
Jão, quem tá na voz é o líder
Arrancando a cabeça do Justin Bieber
Magneto, serial killer (Aham)
Monstrolândia, Steven Spielberg
[Verso 2: Xamã]
Ah, e esses cara enfrento, hein? Mermo se depois eu apanho
Escrevo um rap, lavo a alma e faço um show tomando banho
Do padrão eu tô isento, eles me classifica estranho
Gravata, terno, canudo com a vista desse tamanho
Todo escaldado, olha a BM do arrombado
Esportivo de dois lugar, o diabo senta do lado
Eu escrevendo rap no fundo do busão lotado
Com o espírito livre, pensamento ilimitado
Meu nome é Jason, mas o facão é meu mic
Quero melhores condições pra zona oeste e não só like
Uns tira foto de Eike, mas só tem uma bike
Tira a carne do prato pra pôr Airmax da Nike
E depois da meia-noite, a Cinderela dança
Linha branca, o teto preto e os tubão de lança
Aí é quando a onda máxima te alcança
Aqui não tá tão fácil tirar o doce das criança
Depois da meia-noite, a Cinderela dança
Linha branca, o teto preto e os tubão de lança
Aí é quando a onda máxima te alcança
Aqui não tá tão fácil tirar o doce das criança

[Verso 3: Mano Fler]
Aqui é o terror, só da lealdade
O território é nosso e os mano é humildade
É só vagabundo, dê ideia forte
Que morre no progresso, fiel até a morte
Pode pá que tem, tem pra você também
A Baguá é foda, não tem pra ninguém
É impressionante, sempre mantendo o elo
Mesmo que a promotora acusa em bater o martelo
Preste atenção pois não é ficção
Nadando no petróleo na bota do cão
Fuma e dá o tiro, só não desbaratino
Um colecionador de cemitérios clandestinos
Marcha zé povin', cabeça de papel
Se não marchar direito, vai ser muito cruel
Marcha zé povin’, cabeça de papel
O Xamã agora vem com aquela do Cartel
[Verso 4: Xamã & Mano Fler]
E eu preso pra caralho, nunca sei por onde eu ando
De um lado era Terceiro, do outro lado era Comando
Eu quero o advogado, o Mano Fler tá me ligando
"Quem que te X9novou? Eu vou mandar matar o candango"
Eu tava no meu quarto laricando meu fandango
A mina assava um beck com a blunt sabor morango
Enquanto me beijava ouvi a sirene dos samango
Ela dizia fode se gozar foge atirando
Minha pátria mãe gentil de fuzil e pistol Uzi
Colete da civil mandaram eu entrar no Cruiser
Minha mãe de longe viu chorando meio confusa
Como é que eu vou explicar que eu sou o índio da Yakuza?
Rola a batida bandida, levada da breca atrevida
Pisada nos verme que desacredita, Xamã de marmita
Partindo pra luta, fumando uma flor
Comendo uma fruta, chapando
Cerveja gelada no bar da Tijuca
Me rola a bituca, me fala onde eu tô
Como que eu, como que eu tô? Tô na Baguá
Tô com uma dor de cabeça da filha da puta
Quebrando esses dedo de seta com punchline que chuta
Seguindo minha meta, fazendo recruta
Com rima completa, com punchline que chuta
Caneta, caneta, café na caneca
Com várias formiga no pão de açúcar
Piloto de fuga, 300 mil léguas, respira e navega, tô igual tartaruga Uga
Pique Donatello, pedi mussarela, fiz dança da chuva, enxuga
Os cana não entrega lá na minha favela, não passa da curva, suja
Andando de skate, bolado, voado, ouvindo Coruja, fuja
Iê, iê, quem tá na voz é o líder
Arrancando a cabeça do Justin Bieber
Magneto, serial killer
Monstrolândia, Steven Spielberg
Ei, quem tá na voz é o líder
Arrancando a cabeça do Justin Bieber
Magneto, serial killer
Monstrolândia, Steven Spielberg
O filme do Steven Spielberg
[Interlúdio - Scratches: Erik Skratch]
Baguá Records
No meio de uma sessão
Erik Skratch
Baguá Records
No meio de uma sessão

[Ponte: Felp 22]
Medellin
Xamã chamou, nóis tá aí, ó
Cacife Clandestino, certo

[Verso 5: Felp 22]
Y'all, Nike 90 Air Max, mais cordão que o Slick Rick
É só bomba de Wax Ice molhado no Kief
Notas de cem no leque, crime igual Notorious B.I.G
Estrala o som do grave na mala do Maverick
Versátil igual Mos Def num beat do Madlib
Na tinta da caneta é meu sangue nessa Bic
Outkast, DMX, pesadão igual Mobb Deep
Mas quem não for real, afunda igual o Titanic
O odiado pelos bico, querido pelas cachorra
Felp 22, o mais pesado nessa porra
A vida é uma gangorra
Um bom atirador te acerta antes que cê corra
Rodeado de amigo, vivendo a vida louca
A chuva é de bala hollow point, ponta oca
A vida é uma gangorra
Um bom atirador te acerta antes que cê corra
Mente em fervo, da caneta sinto o peso
Esquivo dos olho obeso, meus amigos tudo preso
Os problemas na família é tanto, não fico surpreso
Uns ficaram, outros correram
Outros mataram, outros morreram
Na rebeldia lírica o conteúdo é explicito
A rua é pura química, material ilícito
Armamento bélico no campo de extermínio
Correndo pelo mérito
Engatilho, raciocínio
Pra falsa conversa não aturo comédia
Cuidado com a queda só muro de pedra
Papel e caneta:
Minha bala, minha peça
Meu arco, minha flecha
Filha da puta me testa, nada te resta
Cuidado com a brecha o tempo que fecha
Uma moeda pro banqueiro e eu vou dá rajada na testa
Soldado armado no campo minado, já fica furado
Crivado de bala, deu pala na fala
No preto Opala blindado, bala jogado na mala
Assinatura do contrato é a mesma do boletim
Dos filha da puta que tramaram pra mim

[Ponte: BK']
Ahn, esquinas em guerra, todos são alvo fácil
Aqui a sua única obrigação é ser inteligente ou ágil
Pra poder passar batido, ê
Pra poder passar, ahn
Esquinas em guerra, todos são alvo fácil
Aqui sua única obrigação é ser inteligente ou ágil
Pra poder passar batido, ahn
Pra poder passar

[Verso 6: BK']
(Yeah, vem)
Anos atrás eu era enforcado, hoje invocado
Sim, focado, das prisões tenho escapado
Tô equipado, melhor ter cuidado
Brincando com fio desencapado, seus tapados
É que inimigos incomodam tipo farpa
Minha quadrilha tira sangue tipo faca
Já disse, não importa o que cê faça
Meu bonde não se mistura com as farsas
Aqui a fumaça indica o antigo traidor e não o novo Papa
Você já sabe qual é minha escola, aluno do submundo
Se não sabe qual é o assunto, querer se envolver é marola
Onde os vilões são solitários, com a própria sombra escaldado
Fugir do problema é um erro, perdoar um erro é pecado
Na divisa entre a destruição e o fim, nós
Sentimos gosto bom ao mastigar ruim
Vidas jogadas na lama, corpos jogados na mala
Hoje o caos habita nossas almas
Hoje o caos habita nossas almas
Hoje o caos habita, yeah

[Saída - Samples: Erik Skratch]
No meio de uma sessão
Erik Skratch
Baguá Records
No meio de uma sessão
Erik Skratch