FBC
Pior Que Eles
[Verso 1]
Busco paz, nada menos, nada mais
Salvar o mundo é pra quem faz ciências sociais
Pra matar, pra vender, pra foder por comprar um produto que te dá o quê?
E até onde posso sonhar?
Tantas vaidades, as pessoas se esquecem que são mais que as oportunidades que o meio as oferecem
No anseio se perdem e padecem em vida
Dando mais que recebem em troca de casa e comida
Parvo é o homem quando se sente humano melhor por estar dirigindo um carro do ano
Por estar na biqueira ripando alguma treta
Outros por terem um jacaré bordado na sua camiseta
E tem quem nem se acha humano por não ter nada
Não se coça, não se mexe e só vive reclamando
Reclamações ainda sem eficácia
Votar em branco continua sendo sua maior audácia
Sabe denunciar qualquer ato impróprio
Isto sem renunciar o mal que faz a si próprio
Quem sou eu pra indiciar?
Tento me policiar
Pois na vida não existe a opção "reiniciar"

[Refrão]
Tô catando onça no soco, lutando pelos meus loucos
Com raça e talento pro barato não ficar lento
Me atento ao perigo oculto do breu
Ciente que pior que ele, não são eles e, sim, eu
Tô catando onça no soco, lutando pelos meus loucos
Com raça e talento pro barato não ficar lento
Me atento ao perigo oculto do breu
Ciente que pior que ele, não são eles e, sim, eu
[Verso 2]
A caneta que trago comigo traz esperança
Vejo como um bandido vê na sua arma segurança
De um dia a mais na rua com vida, integridade garantida
Até que chegue o dia da cobrança
Busquei no Google: "vida e seu valor"
Aprendi menos com os links, do que no crime e no amor
De onde tirei a opinião formada que tenho
De que o sucesso é resultante exclusivo de meu empenho
Umas mina de cu pra fora me faria repercutir
Like dos boy, diversão pra sem-noção se perverter
Se calar é ouro, discutir é bronze, falar é prata
Meu chapa, que se foda o seu curtir
E daí? Não tô na rua com os trampo que pira
Deixa eu lapidar meu dom que uma hora a bagaça vira
Prioridade é dicção
Substância: erudição
Foco na missão é mais que maconha e ostentação

[Refrão]
Tô catando onça no soco, lutando pelos meus loucos
Com raça e talento pro barato não ficar lento
Me atento ao perigo oculto do breu
Ciente que pior que ele, não são eles e, sim, eu
Tô catando onça no soco, lutando pelos meus loucos
Com raça e talento pro barato não ficar lento
Me atento ao perigo oculto do breu
Ciente que pior que ele, não são eles e, sim, eu
[Verso 3]
No máximo um picho, sem não pro disco ou pro (?)
Quiser compensar fritando no Fruity Loops (?)
Sem instrumental te guia, às vezes minha batida
Era o ronco dos motores dos carros na avenida
Encardido pra Eminem, claro pra Mano Brown
Não podia ter só flow, eu tinha que ser genial
Mas quantos gênios do underground
Fato, verdade, que nem um trampo vira
Sem dinheiro ou um contrato
Ou um contrato com os homens que pensam que tudo podem
Quem eles pensam que são pra achar que sigo ordens?
A bandeira é libertas quae sera tamen
Isto inclui não abaixar a minha cabeça pra ninguém
Meus discos, meus trampos, meu show tá a venda
Minha liberdade eu não alugo, eu despacho por encomenda
Essa repulsa, me excluiu de umas parada
Mesmo assim, eu não aceito ser capacho da playboyzada
Faço rap, é o que sei fazer
Mano, se erro as vezes, me desculpe
É que eu ainda estou tentando ser superior, pra conseguir ser maior
Pra aquele que quer me ver bem, mas não me ver melhor

[Refrão]
Tô catando onça no soco, lutando pelos meus loucos
Com raça e talentopro barato não ficar lento
Me atento ao perigo oculto do breu
Ciente que pior que ele, não são eles e, sim, eu
Tô catando onça no soco, lutando pelos meus loucos
Com raça e talento pro barato não ficar lento
Me atento ao perigo oculto do breu
Ciente que pior que ele, não são eles e, sim, eu