Tulipa Ruiz
Azul de Presunto
[Verso 1]
Onda vira carne
A gordura do seu nervo é espuma
O mar é uma fatia fina
Luz que anula o azul de presunto
O mar provém do porco o mesmo ronco
Em outro tom e voltagem
Será que porco é um polvo rosa
Ou um porco roxo é que é polvo?
[Refrão]
Sou ou não sou
Eu não sei mais lembrar quem eu sou
Sou o que sou
E ninguém vai dizer quem eu sou
[Verso 2]
Pedra é veia areia no seu corpo corre sal feito sangue
Sal é mineral e o Pão de Açúcar é uma pedra doce
Descobre o paladar se frio é quente a vontade mistura
A realidade é como o ar, é invisível
Impossível de tocar e olhar e provar
A gente apenas sente
[Refrão]
Sou ou não sou
Eu não sei mais lembrar quem eu sou
Sou o que sou
E ninguém vai dizer quem eu sou
[Verso 3]
Mar feito de carne, um presunto azul
E guelras no porco?
Pedra é areia e não tem sangue
Quem já viu um porco falante?
Pedra só é pedra, pedra é pedra, pedra antes
Será pedra, será pedra
Era pedra era pedra pra sempre
Diferente de quem é você de ser você 'cê quer o que?
Se é só você? Sim é!
[Refrão]
Sou ou não sou
Eu não sei mais lembrar quem eu sou
Sou o que sou
E ninguém vai dizer quem eu sou