Tyler, The Creator
Who Dat Boy (Verso Livre)
Hórus, raiva, beat e o Mic
É a sequência do fatality
Vocês tacaram pedra na caixa de abelha
Se preparem pro choque anafilático de punchline
Abutre não caça, só come carcaça
Cês não vão ter minha cabeça de decepada na praça
Eu causo pela causa, de matar os da casa-grande
E salvar a senzala
Capitão do mato jogado na vala
São Lourenço da mata? Não, da bala
Pus minha city no mapa do rap nacional
Pra mc frustrado vim me chamar de boçal
Só pode ser piada
Três mixtapes, uma gravadora
Uma marca de roupa e meu próprio festival
É pelo Hip Hop, para que o Trip Hop
Supere o Camp Flog Gnaw
Não é sobre ego, nem, sobre mérito
É sobre contribuição cultural
Valorização ancеstral
Num país que usa negro como fantasia de carnaval
Branco dе cabelo L'Oréal paris
Acha divertido ser cosplay de favelado
Pelo Saiyajin mas não tem nosso ki
Tem a pele alva enquanto somos alvejado
Eu tenho sede de justiça, mano, muita sede
Descola o pôster do Tupac da parede
Minha facção não é carinhosa
Por que eu não faço rap pra garotas brancas
Gravar cover de ukulele
Os descendentes de quem proibiu a capoeira
Vem de viaturas pra reprimir as batalhas
Eu sou do tipo que decepa senhor de engenho
E bota a cabeça de troféu na praça
Quem diz que rap não tem cor é chacota
Papo reto sem curva se não entorta
Refresco a memória de idiota
Cota não é esmola, é reparação histórica
Mandando MC's reaça pro IML
De militância tipo os cara do MBL
Na internet é Gangster Wack
Soa como brancos classe media de snapback
Cês num fode meu sonho nem se fosse freddy
O plano é além do q tenho na bag
Me considere o penúltimo bom malandro
Alguém avisa pro Don L