Caetano Veloso
É Proibido Proibir
A mãe da virgem diz que não
E o anúncio da televisão
E estava escrito no portão
E o maestro ergueu o dedo
E além da porta
Há o porteiro, sim
E eu digo não
E eu digo não ao não
Eu digo: É
Proibido proibir
É proibido proibir
É proibido proibir
É proibido proibir
Me dê um beijo meu amor
Eles estão nos esperando
Os automóveis ardem em chamas
Derrubar as prateleiras
As estantes, as estátuas
As vidraças, louças
Livros, sim
E eu digo sim
E eu digo não ao não
E eu digo: É
Proibido proibir
É proibido proibir
É proibido proibir
É proibido proibir
É proibido proibir
(falado)
Caí no areal na hora adversa que Deus concede aos seus
Para o intervalo em que esteja a alma imersa em sonhos
Que são Deus
Que importa o areal, a morte, a desventura, se com Deus
Me guardei
É o que me sonhei, que eterno dura, é esse que regressarei
Me dê um beijo meu amor
Eles estão nos esperando
Os automóveis ardem em chamas
Derrubar as prateleiras
As estátuas, as estantes
As vidraças, louças
Livros, sim
E eu digo sim
E eu digo não ao não
E eu digo: É!
Proibido proibir
É proibido proibir
É proibido proibir
É proibido proibir
É proibido proibir