Erasmo Carlos
Cachaça mecânica
Vendeu seu terno
Seu relógio e sua alma
E até o Santo
Ele vendeu com muita fé
Comprou fiado
Prá fazer sua mortalha
Tomou um gole de cachaça
E deu no pé
Mariazinha
Ainda viu João no mato
Matando um gato
Prá vestir seu tamborim
E aquela tarde
Já bem tarde, comentava
Lá vai um homem
Se acabar até o fim
João bebeu
Toda cachaça da cidade
Bateu com força
Em todo bumbo que ele via
Gastou seu bolso
Mas sambou desesperado
Comeu confete
Serpentina
E a fantasia
Levou um tombo
Bem no meio da avenida
Desconfiado
Que outro gole não bebia
Dormiu no tombo
E foi pisado pela escola
Morreu de samba
De cachaça e de folia
Tanto ele investiu
Na brincadeira
Prá tudo, tudo
Se acabar na terça-feira!
Vendeu seu terno
E até o Santo
Comprou fiado
Tomou um gole
João no mato
Matando um gato
Naquela tarde
Lá vai o homem
João bebeu
Toda cachaça da cidade
Bateu com força
Em todo bumbo que ele via
Gastou seu bolso
Mas sambou desesperado
Comeu confete
Serpentina
E a fantasia
Levou um tombo
Bem no meio da avenida
Desconfiado
Que outro gole não bebia
Dormiu no tombo
E foi pisado pela escola
Morreu de samba
De cachaça e de folia
Tanto ele investiu
Na brincadeira
Prá tudo, tudo
Se acabar na terça-feira!
Prá tudo, tudo
Se acabar na terça-feira!
Prá tudo, tudo
Se acabar na terça-feira!
Prá tudo, tudo
Se acabar na terça-feira!
Prá tudo, tudo
Se acabar na terça-feira!
Prá tudo, tudo
Se acabar na terça-feira . .