Cacife Clandestino
Cidade dos Anjos
[Intro]
Na cidade dos anjos
Mais um dia
[Verso 1]
Silêncio da esquina tumultuada
Dos becos mais sombrios onde nasce a poesia
Inveja rindo da mentira é uma piada
O escuro aqui é normal, laços com a hipocrisia
Nessas ruas de ilusões de ganância e ambições
Nesse clima hostil onde os muleque cresce
E ao passar das estações
Seus heróis são os vilões
Se o pecado corrompeu o nosso jardim do Éden
Na mesma calçada eu avistei um mano andando todo estranho perguntando por produto
O que passa camarada sei o que tá procurando
Depois do primeiro gofo o mano ficou maluco
De polo e calça jeans falando gíria de bandido
Bate neurose me chamou pelo apelido
Qual foi, qual foi é o Felp22
Que investiu no rap e enriqueceu depois
Vish! Olha a conversa desse mano, com papo equivocado com história fictícia
Vish! Olha o naipe desse mano, é tróia, concorrente ou informante da polícia
De longe eu ouvi o ronco da 700
Lembro os meus pesadelos tudo em camêra lenta
No reflexo me joguei atrás do Escort
Só pela rajada eu sabia que era Glock
Cantou pneu, não teve dom de executar
Deixou uma brecha que agora eu vou cobrar
A Glock era prata deixou evidência
Era um ex soldado meu que colou pra a concorrência
[Pré-Refrão]
A vida é uma vadia e tá dizendo que me ama
Mas tô nessa terra de assassinos pela grana
Sigo camuflado igual leão nessa savana
Vários quer pagar de brabo mas não dura uma semana
[Refrão]
Tem mano que estuda pra fazer dinheiro
Tem mano que estuda pra roubar dinheiro de quem faz dinheiro
E por desespero
Quem deixa falha a vida vai te cobrar
Pesadelos e sonhos
Na cidade dos anjos
Luto com os demónios
Melhor tomar cuidado o ego vai te matar
[Verso 2]
Eu e diabo no jogo de xadrez
Nessa quase que eu comprei uma M16
Aquele safado vai pagar pelo o que fez
Mas a firma que o abraçou o executou no mesmo mês
Hey! Ouvi o mais velho falar
O erro tá aí pra quem quer vacilar
Hey! Eu aprendi a escutar
Deixa o verme rastejar que a vida vai cobrar
No coliseu da mente vou lutando com os demônios
Reflexo dos meus traumas em meus vícios babilônicos
Não vou morrer na luta se o troféu for o meu sonho
É que não chegou a minha hora para o funeral sinfônico
Estrada árdoa nunca foi fácil
Cicatrizes molda a carne e meu coração de aço
Tenho minhas marcas a cada passo
Administro minhas escolhas não regresso pro facasso
Meus irmãozinhos se perdendo no caminho
Deus está com nós aqui não estamos sozinho
Um triste fim é que te segue de castigo
Não seja o luto da sua mãe naquela missa de domingo
Aos olhos da inveja o sucesso alheio é fácil
Pode perder o rumo por ter a mente frágil
Olha grana pela alma, que é um erro clássico
Já vi esse filme, no final cenário trágico
Olho essa guerra no semblante do olhar
O brilho das estrelas fantasia o paraíso
Essa é a minha terra, vim desse lugar
Minha origem é aqui mas navegar vai ser preciso
[Pré-Refrão]
A vida é uma vadia e tá dizendo que me ama
Mas tô nessa terra de assassinos pela grana
Sigo camuflado igual leão nessa savana
Vários quer pagar de brabo mas não dura uma semana
[Refrão]
Tem mano que estuda pra fazer dinheiro
Tem mano que estuda pra roubar dinheiro de quem faz dinheiro
E por desespero
Quem deixa falha a vida vai te cobrar
Pesadelo de sonhos
Na cidade dos anjos
Luto com os demônios
Melhor tomar cuidado o ego vai te matar