[Refrão: Rael]
A cidade sem cor
Solidão, solidão
Ta desfilando na dor na cidade sem cor
Se você vacilar vão te atropelar
[Verso 1: Renan]
Abelhas no meu refri só me fazem pensar
Faltam flores por aí, onde elas foram parar?
Ir de carro na esquina é a última moda
Os carango viraram nossas cadeiras de roda
É o planeta umbigo, cada um no seu vidro
E a televisão é quase um ente querido
O cachorro já foi o melhor amigo do homem
Hoje dia é o smartphone
Se viver é um prêmio, três pedido pro gênio
Uma árvore, um rio e um trago de oxigênio
Só que eu olho ao redor e não vejo as família feliz
Como nos comercial de margarina, me diz
Quem será que gosta de sangue mais:
Os pernilongo, os vampiro ou os jornais?
O passado é um presente pra colher no futuro
Só que a gente mata o tempo pra receber o seguro
[Refrão: Rael]
[Verso 2: Renan]
Mansões com muros de Berlim só vem mostrar
Que o mundo ainda continua bipolar
Dividido, separado
Quem tem, quem não tem, cada um pra um lado
A maioria aqui não sabe o que que é comunismo
Mas sempre socializa o arroz com o vizinho
Reparte a miséria com carinho
Divide memo quando é pouquinho
Coreia, Seoul, Brasil, C.U. do mundo
Quanta favela cabe num latifúndio?
Quanto perdão cabe nesse coração de uma figa qualquer?
A capacidade me diz, quantos giga?
Na esquina da dor com a melancolia
Só quem mora na rua sente como a cidade é fria
Lotada de gente, vazia de amor
Solidão nas esquinas da dor
[Refrão]
[Outro: Rael]
Dão, dão, dão, dão solidão
Solidão, solidão, só solidão
Solidão, dão, dão, dão, só solidão...