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A$AP Rocky - At.Long.Last.A$AP (Análise)






Quatro anos após surgir com vídeos que criaram furdunço na internet, e dois anos após o lançamento de seu primeiro álbum, o “Long.Live.A$AP”, A$AP Rocky vem, novamente, muito bem acompanhado em um ano excelente para o hip-hop. Contudo o coletivo A$AP Mob, do qual Rocky faz parte, teve uma perda muito importante em Janeiro: O rapper, produtor e mentor A$AP Yams.
Após a boa recepção de “Long.Live.A$AP”, o segundo disco foi anunciado com o lançamento do single “Multiply” em novembro de 2014, que conta com a mesma ”vibe” do seu álbum de estreia, beat “pesado” e bastante swag. Os próximos vídeos e áudios que Rocky lançou aumentaram a dúvida sobre como seria composto o álbum, em que tipo de bases e letras seria baseado.Análises:Junto com To Pimp A Butterfly, ALLA é um dos álbuns mais únicos do ano. Eu não gostei tanto quanto a obra do Kendrick, ou mesmo álbuns como B4.DA.$$ do Joey BADA$$, mas conforme ouvi mais vezes eu fui curtindo mais. Rocky com esse álbum demonstra ser bem versátil, tanto nas suas levadas diferentes quanto no ouvido para produção. As participações são muito boas também, mas não tiram a atenção do protagonista. Não sei se fica no meu Top 5 até o fim do ano, mas um Top 10 não é difícil, principalmente por chamar atenção por ser diferente. Pra mim é o melhor conjunto da obra que o Flacko proporcionou até o momento em sua carreira.Nota: 8,5 - krayO disco é lançado em meio a um momento de tristeza pela perda do mentor do A$AP Mob, o A$AP Yams. Mas esse não é o ritmo do disco. As primeiras faixas são lentas e com loops eletrônicas, o resultado é que se pode chamar de “música chapada”. Depois das faixas mais lentas, vem um dos pontos altos do disco: batidas de trap, rimas mais consistentes e aquela diversão da galera do A$AP Mob, com a sequência “JD”, “LPFJ2” e “Eletric Body” - esta com participação de Schoolboy Q. O disco tem várias outras participações, o que não agrega muito na maioria das faixas. Destaques para Lil Wayne na ótima “M’$” e o veterano Rod Stewart, junto com Miguel e Mark Ronson em outro single “Everyday”. A$AP Rocky evoluiu, sim, desde Long.Live, mas ainda não mostra consistência por todo um disco, como temos visto em outros lançamentos do ano. Acredito que o próximo trabalho será melhor.Nota: 7 - IgorFGDois anos. Qual rapper do jogo atual seria capaz de fazer uma espera de 2 longos anos valer a pena? Pretty Flacko! Qual rapper do jogo atual é capaz de fazer um disco com 18 músicas e o mesmo ser extremamente diversificado e extremamente ao contrário de cansativo? Pretty Flacko!
Rocky buscou o melhor dele, manteve a sua ótima escolha em produção, selecionou rappers excelentes para participações, rendendo, até, uma das participações mais quentes do ano (Sim, pequeno Wayne, é você), e mostrou por que ele tem um dos flows mais cobiçados do joguinho. Além disso, é claro, mostrou inovação em diversos aspectos criticados em seus álbuns anteriores, como as suas letras, que agora possuem conteúdo muito mais abrangente do que os anteriores (Moda e maconha), destaque para religião, que parece ter afetado Rocky de uma maneira muito positiva. Resumidamente, esse álbum é extremamente consistente e arriscado, provavelmente o melhor projeto do rapper até aqui, destaque para uma das melhores intros da década (é, bandido, da década memo). A expectativa para o próximo álbum com certeza só tende a crescer.Nota: 9,35 - RickMarleyRakim surpreendeu de novo, só que de outras maneiras. Anteriormente pelas participações ou mesmo pela novidade, desta vez o rapper nova-iorquino trouxe mais melodia que em Long.Live.A$AP, mais violão, cantou, variou as letras, variou a levada. A$AP Rocky parece estar entrando em uma estrada que para nós é nova, mas que para ele já está bastante aberta. À primeira vista assusta o número de features e, para minha surpresa, duas das melhores faixas do álbum são “exclusivas” dele. Gosto muito do rumo que as coisas estão tomando para o rapper e as coisas novas que ele está tentando e fazendo.Nota: 8.8 - ArielBPaivaVeredito Final:Inventivo e diferente do som tradicional de Nova Iorque, Rocky não deixa de ser um representante de respeito da nova geração. Novamente dividindo opiniões, porém sempre contando com o “aval” e esperança dos amantes de rap. Tanto na música como fora dela ele não deixa de entreter os fãs do gênero. Com participações de peso e vídeos que complementam ainda mais a obra, A.L.L.A. se destaca entre os lançamentos do ano e é um forte concorrente a ser um dos melhores de 2015.Média das Notas: 8.4