Genius Brasil
Os 10 Melhores Álbuns de Rap Nacional 2015-2019
Três anos depois da Equipe do Genius Brasil avaliar os melhores discos do início da década, entre os anos de 2010 até 2014, nos reunimos para pensar na reta final dela. Entre os melhores discos no período de 2015 até 2019, refletimos sobre aqueles que além de serem as melhores produções musicais do gênero também confirmaram a popularização do rap como um fenômeno nacional, e as diversas mudanças nos estilos de rima e sonoridade.

Desta vez, 10 membros elaboraram suas indicações a partir de suas avaliações. Dentro das indicações, foram listados 39 álbuns e a partir deles, construímos a lista final, que por sua vez entrou numa nova discussão para que houvesse certeza de que os vencedores tinham cumprido todos os critérios adotados.

Dentre os critérios que nos permitiram finalizar a seleção, consideramos se os discos da lista final resistiram ao teste do tempo, permanecendo como aqueles álbuns que podemos apreciar ainda hoje; verificamos também a influência em outros trabalhos e observamos a relevância nos debates, nos perguntando se estas são as obras que estão entre as mais citadas, direta ou indiretamente, nestes últimos cinco anos.

Como sempre ressaltamos, não podemos negar a falta de discos de mulheres artistas do rap. Na lista anterior não tivemos nenhum nome entre as 10 melhores, sendo que apenas Batuk Freak da Karol Conká e Tássia Reis EP da própria Tássia apareceram na discussão de elaboração daquela lista.

Desta vez, além de uma mulher estar entre os cinco melhores, muitas outras surgiram durante a discussão. Outra Esfera da Tássia Reis, Selvagem Como o Vento de Brisa Flow, Drik Barbosa da própria Drik, Rimas & Melodias do coletivo de mesmo nome e 129129 da Lay esquentaram a disputa quando foram citadas, mostrando uma mudança evidente no consumo de rap nacional.

Ao invés de nos questionarmos dessa vez o porquê do cenário continuar desfavorável para elas, preferimos afirmar que esta próxima década promete ser delas, não só entre nós, mas pelo fato do público do rap ser muito diferente das décadas anteriores, assim como os trabalhos que são mais consumidos e compartilhados, a partir das redes sociais, neste novo período.

Outra surpresa positiva, de certa forma também uma evidência esta alteração no público, foram os discos Pajubá da Linn da Quebrada e O Proceder da Gloria Groove que também estiveram na disputa, embora não apareçam na lista final. É um sinal de que mesmo com todos os problemas, o rap nacional passa por mudanças importantes nestes anos.

E por fim, ainda poderíamos nos perguntar: qual será o impacto do trap na cena nacional? Os discos de trap irão figurar ou mesmo dominar as listas de melhores nos próximos anos? Embora ainda não tenhamos visto este impacto, outras influências que vão muito além do trap também foram lembrados, como Seguimos na Sombra do Nectar, Mixtape Pirâmide Perdida Vol. 7 do coletivo Pirâmide Perdida, Verde Esmeralda, Cinza Granito do Victor Xamã, Dovahkiin de Eloy Polêmico, Zulu Vol. 1 de Zudizilla e Running de Febem, entre outros, sugerindo uma cena muito mais diversificada nas sonoridades, temáticas e regionalidades.

Sem mais delongas, vamos aos 10 Melhores Discos de Rap Nacional de 2015 a 201910º. Veterano, Nego Gallo

9º. Regina, niLL

8º Lugar - O Menino que Queria Ser Deus, Djonga

7º. Esú, Baco Exu dos Blues

6º. Abaixo de Zero: Hello Hell, Black Alien


5º. Eletrocardiograma, Flora Matos

4º. Rá!, Rodrigo Ogi

3º. 2ª Via, Um Barril de Rap

2º. Castelos & Ruínas, BK'

1º. Roteiro para Aïnouz, vol. 3, Don L