Gerenciado pela Roc Nation e membro da GOOD Music, Sean vem fazendo tudo certo desde o ano passado quando anunciou o novo álbum e lançou uma séria de faixas que criaram um buzz para o álbum. “I Don’t Fuck With You” inclusive virou hit sem ser aquele hit tradicional. O projeto tem o olhar atento de seu mestre Ye e muitas participações e produções de peso - John Legend, Lil Wayne, Jhene Aiko, DJ Mustard, Key Wane, dentre outros.
O álbum inclusive gira em torno de suas recentes experiências nos relacionamentos e a perda de sua vó, além, é claro, sua caminhada para o sucesso. Dessa forma, Sean promete um álbum muito mais pessoal. O projeto conta também com uma maior participação do rapper em todos os processos - ele revelou em diversas entrevistas que convidou pessoalmente todos os produtores e artistas que participam do projeto, além de gravar e mixar a maior parte das músicas no estúdio em sua própria casa.
Tudo isso combinado com excelentes participações e apresentações ao vivo nos últimos meses, colocam o álbum do Sean como um dos mais esperados desse ano.Análises:A expectativa era de pop. Quando se escuta I Don’t Fuck With You a vontade é de sair pulando pela casa e apontando o dedo na cara de cada biatch repetindo o refrão da música. Blessings já quebrou esse clima um pouco, mas veio com uma letra ainda pessoal e uma batida que está na “moda”. Novamente, Sean e GOOD Music acertaram em cheio nos singles. Já no álbum a Intro te carrega praticamente todo o caminho sem kick, e ainda assim é muito boa. After that Blessings sem o Kanye, contudo ainda ótima. E aí temos uma mágica acontecendo em nossos ouvidos: All Your Fault, ft. marido da Kim Kardashian e um sample maravilhoso, refrão excelente, tudo perfeito. A seguir nenhuma montanha russa de emoções e surpresas. Big Sean nos coloca no seu metrô de alta velocidade e vamos até o fim do álbum ouvindo o artista no seu auge. Brincando com as levadas, tanto rápidas quanto bem trabalhadas, as produções sempre de primeiríssima qualidade e refrões excelentes aos ouvidos de qualquer bom ouvinte. O trabalho melhora a cada ouvida.
Nota: 7.6/10 - ArielBPaivaApós ótimas mixtapes (responsáveis por alavancar o prodígio da GOOD Music) e álbuns que mesmo bons, decepcionaram, Big Sean retorna sedento nesse novo trabalho de estúdio. E a estética dark incrivelmente combinou, em tons contrastantes, com todo o braggadocio proposto pelo rapper de Detroit. Faixas como Paradise, All Your Fault e I Don’t Fuck With You mesclam a lírica abrasiva e os flows quentes de Sean com produções que deixam o ouvinte hipnotizado, praticamente congelado. Há também espaço, entretanto, para faixas introspectivas como One Man Can Change The World, na qual somos transportados ao Meio-Oeste americano em um passado não muito distante, e apresentados à trajetória árdua da família Anderson, além de sermos agraciados com os refrões de seus parceiros de selo Kanye West e John Legend. Por falar em parcerias, estas foram escolhidas a dedo e no ponto, engrandecendo ainda mais o álbum. Não espere encontrar comentários sociais profundos; o pop rap ainda é o carro chefe do queridinho da GOOD. Sean, porém, sabe explorá-lo de um jeito único e surpreendente até a última linha (na qual ele deixa seu telefone pra quem quiser ligá-lo). Vai falar que não merece seu play?
Nota: 7,5/10 - vinti2h0Eu gostei muito desse álbum. Sean descarrega toda essa tempestade de sentimentos que vem atormentando a vida dele nessas faixas, desde a perda de sua vó até seus relacionamentos amorosos e como tudo isso tem influenciado seu comportamento. Além disso, ele fez uma excelente escolha final de músicas para compor esse “diário”. O mesmo nas produções que caem como uma luva em suas letras entregues em um flow sensacional, rimas que vão de zero a cem por hora em instantes e uma cadência de invejar muitos MC’s. As participações estão no ponto também, ninguém deixa a desejar, nem mesmo Lil’ Wayne - rapper que eu não tenho nenhuma expectativa nesse momento - inclusive todos acrescentam ainda mais a temática e significado nas músicas. Não se engane, fique com a versão padrão do álbum, a deluxe tem pouco a adicionar. Enfim, ótimo projeto do começo ao fim, não há músicas descartáveis ou a toa no meio do álbum, e é muito bom ver Sean conquistando seu espaço na GOOD Music, tirando o Kanye ninguém chega aos pés do garoto no momento.
Nota: 8,0/10 - krayVeredito Final Dark Sky Paradise é aquele álbum que você precisa deixar crescer em sua mente para observar todas suas facetas. Na primeira “ouvida”, mais superficial, já é possível filtrar os club bangers, mas apenas com uma maior dedicação e paciência com o projeto é possível entender o turbilhão emocional registrado por Sean.Média das Notas: 7,7