Fabio Brazza
Retrato
Letra de Retrato por Fabio Brazza

[Brazza]
Brasil o pais campeão
Campeão da hipocrisia da demagogia e corrupção
Campeando em imposto desigualdade discriminação
O último pais da América a abolir a escravidão
Não por questiona humanista
Mas por pressão imperialista
E se eu aponto o racismo
Sou eu que sou racista?
Quem vai pra reality show vira artista
E mulher que bota a bunda na TV
É orgulho feminista
Criança falando de sexo é hit na web
E você ainda se impressionava com o selinho da Hebe?
Tudo é sexo fico perplexo
E o menor no fluxo é só um reflexo
De um problema bem mais complexo

[Landi]
Ciclista no rio é morto por menor de idade
E o povo clama a redução maioridade

[Brazza]
Mas teve outro moleque que mato um ciclista
E nada aconteceu, porque era o filho do Eike Batista

[Mr.Bárbaro]
Não pare, pense que sabe, sabe senão não fale
Fale o que cabe se não pensar não vale
Querem cala mas se for cala não cale
Não cale não
Não pare, pense que sabe, sabe senão não fale
Fale o que cabe se não pensar não vale
Querem cala mas se for cala não cale
Não cale não

[Landi]
Dinheiro do estado não
Dessa ideia eu ti demovo
Não existe dinheiro do estado
Todo dinheiro é do povo
Pago com imposto suado
E o estado tá lá pra servir o povo
E não o povo pra servir o estado
Tá tudo errado, como construir uma pátria educadora
Se a verba da educação foi parar na mão da construtora
Quer por a culpa na professora?
Mas qual o incentivo do moleque que troca o livro pela metralhadora?

[Brazza]
Para na educação, inversão de valores
Deputados recebem vinte e seis vezes mais que professores

[Landi]
E o professor que protesta por aumento salarial
É tratado como bandido, e agredido por policial
É Brasil, a gente tá esgotado
O bolso tá vazio mas o trem continua lotado
No país da impunidade só o povo é julgado
E vai se safar quem puder pagar o melhor advogado

[Mr.Bárbaro]
Não pare, pense que sabe, sabe senão não fale
Fale o que cabe se não pensar não vale
Querem cala mas se for cala não cale
Não cale não
Não pare, pense que sabe, sabe senão não fale
Fale o que cabe se não pensar não vale
Querem cala mas se for cala não cale
Não cale não

Olhe para nossos próprios atos
Somos o povo que se orgulho do desacato
De fazer um gato
De pagar alguém pra não pagar o pato
E lava a mão, e lava ­jato
Eu critico, mas não combato
Faço o oposto, cuspo no prato que me foi posto
Jogo lixo na rua, sonego o imposto
E no final desse relato, quando olho este retrato
Também vejo o meu rosto