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Fabio Brazza
Filhos da Diversidade
[Intro: RAPadura]
América Latina
América Latina
A mi hermanos e hermanas

[Verso 1: Fabio Brazza]
Na América Latina é diferente, nosso verde tem mais cor
Nossa fruta mais sabor, nosso clima Ă© bem mais quente
Nossa gente é mais “caliente”
E avisa o 50Cent que antes do rap nascer já tinha embolada e repente
E pra passar férias aqui os Ianques vêm
Querendo descobrir o poder que nossos Funks tem
Quer saber, herĂłi da Marvel ou DC Ă© o meu ovo
HerĂłi pra mim Ă© o meu povo e nĂŁo o Superman
Conta pra crianças que não tem princesa Cinderela
Que Princesa de verdade Ă© Tereza de Benguela
Derrubem estátuas de portugueses conquistadores
Levantem estátuas de camponeses e agricultores
Mira, nos verdadeiros herĂłis e atira
Mira, os espanhóis levaram tudo até a Shakira
Pra conquistar a América eles trouxeram uma tropa
Mas bastou um Ronaldinho pra conquistar toda Europa
É, gringo vê Latino e discrimina
Mas minha rima Ă© como as linhas de Nazca, sĂł podem ser vistas de cima
Respeita nossa cultura
Rap BR Batida e ReflexĂŁo, Brazza e Rapadura

[RefrĂŁo: todos]
Latino americano eu sou
Somos filhos da diversidade
Latino americano eu sou
O nosso canto Ă© pela liberdade
Latino americano eu sou
Contra los tiranos vamos em frente
Latino americano eu sou
Hasta la vitĂłria siempre!

[Verso 2: RAPadura]
Yo soy sandino no extremo extermino streams do game
Escritura maia deságua
E sua arte rasa, rasura!
Sou nordestino ao extremo, muito latino pro Grammy
O Brasil Ă© minha casa
E num há nada mais Brazza
Que Rapadura!

Como Mujica tudo me sobra
NĂŁo sou pobre, sou sĂłbrio
Se menos tenho, mais me torno dono de mim prĂłprio
O povo me cobre
Veias abertas, Galeano nos poros
Sou Cortazar para cĂłpias
Em cada obra um CronĂłpio

Poeta odeia o Ăłdio!
Faz guerra a guerras
Pra contĂŞ-las
BolĂ­var, eleva sua terra
Pra que o céu possa vê-la
Gabriela Mistral!
Nem desertos puderam detĂŞ-la
No atacama, a aridez severa
É que revela as estrelas

Rompendo as fronteiras!
Como incas e astecas
Fizeram jus
Em cada linha um Messi
Fms, no rap flui
PatrĂ­cia Arce a plebe influi
E todo congresso rui
Expulsamos o Mc Donald
E todo seu fast food

Meu povo se reproduz
Em náufragos
Darwin só evolui sua teoria entre Galápagos
Derretemos penĂ­nsulas
Pisando em chão vulcânico
Como Lourdes EspĂ­nola
Deixei de ser pacĂ­fico
Ao cruzar o atlântico

[RefrĂŁo: todos]
Latino americano eu sou
Somos filhos da diversidade
Latino americano eu sou
O nosso canto Ă© pela liberdade
Latino americano eu sou
Contra los tiranos vamos em frente
Latino americano eu sou
Hasta la vitĂłria siempre!

[Verso 3: Fabio Brazza]
Debaixo da linha do equador quantos abaixo da linha da pobreza
A riqueza na mĂŁo do colonizador
Ditadura linha dura Operação Condor
Quanta dor as mães da Plaza de Mayo pedem justiça, Azucena Vilaflor
América Latina em estado de sítio, somos nós as ruínas de Machu Picchu
Mate o beat mas nĂŁo mate o Ă­ndio, se una e seja livre
Meu sacrifĂ­cio vai em rima, Montezuma vive!

[Verso 4: RAPadura]
NĂŁo me iludo com grana
Norte americana
Sou Ă© miliano, Zapata!
Os enterro na lama
Cuspo como lhama
Todo Rio de la Plata
Com uma linha reparto o mundo ao meio!
Ecoa a dor em crânio homogêneo
Devoro o vĂŁo a milĂŞnios Cotahuasi
Engole o Gran Canyon

Sustento as pirâmides do poder! É unânime os estigmas
NĂ´made em paradigmas
Somos o sinĂ´nimo, o enigma
Do templo dos deuses
Com a lĂ­rica, mĂ­stica
EmpĂ­rica, espĂ­rita
A rima indĂ­gena
E dizem que Ă© escrita alienĂ­gena

[RefrĂŁo: todos]
Latino americano eu sou
Somos filhos da diversidade
Latino americano eu sou
O nosso canto Ă© pela liberdade
Latino americano eu sou
Contra los tiranos vamos em frente
Latino americano eu sou
Hasta la vitĂłria siempre!