Os morangos vermelhos escolhidos
E o camelo lindo que enfeita o maço
Também o copo que você não encheu com líquido
E os caninos afiados daquele garfo
O ar que trouxe tarde pr'aqui dentro frio
E o guardanapo sujo que foi muito amassado
O som que encheu o quarto vindo do seu riso
E a água que deixou o seu rosto molhado
Eles sabem por que eu
Amo seus lábios
Lavam os meus
Se calam num beijo:
- Eu te convido
Só os morangos que estavam escondidos
E alguns camelos, que de fato, são dromedários
Os poucos copos que ainda sobraram vazios
Além dos pêssegos maduros não descascados
O ar que não entrou quando fechei o vidro
E a toalha que restou na colcha, impecável
As palavras que faltaram aos meus ouvidos
E o calor que não suou o seu corpo intacto
Não sabem como eu
Amo seus lábios
Lavam os meus
Se calam num beijo:
- Bem-vindo
Só os morangos que estavam escondidos
E alguns camelos, que de fato, são dromedários
Os poucos copos que ainda sobraram vazios
Além dos pêssegos maduros não descascados
O ar que trouxe tarde pr'aqui dentro frio
E o guardanapo sujo que foi muito amassado
O som que encheu o quarto vindo do seu riso
E a água que deixou o seu rosto molhado
Eles sabem por que eu
Amo seus lábios
Lavam os meus
Se calam num beijo
Eles sabem por quê
Eles sabem por quê
Eles sabem por que eu
Eles sabem por quê
Eles sabem por que eu