Classe Crua
Sempre
[Letra de "Sempre" ft. Silab]

[Verso 1: Beware Jack]
Se eu pudesse agarrar em tudo que amo
Não deixava voar/fugir o meu plano
Mas depois falho e quase reclamo
Amo amo amo, testar-me todos os anos
Explorar o Universo Mundano
Aprender com os danos dos meus manos
A maior inveja vem dos amigos
E eu tenho tantos…
"Tantos?" parece que os planto
"Plantas?" e eu juro que já nem rego esse cântaro
Mas não nego, que eu alimentei esse cancro
Mas ganhei velocidade para fugir desse Antro
Terreno era baldio mas fugi desse pântano
Cenário sombrio como a Jail de Guantanamo
Porque não sou Santo, nem flor que se cheire
Como traficantes brasileiros em bailes Funk
E para ser franco, p'ra pôr o preto no branco
O meu ADN é a bala e garganta é o cano

[Refrão: Amaura]
É o sentimento que acende a alma
E eu sempre tive ele a incentivá-la
Foi sempre assim
Sempre igual (Sempre igual)
É o sentimento que acende a alma
E eu sempre tive ele a incentivá-la
Foi sempre assim
Sempre igual (Sempre igual)
Foi sempre assim
Sempre igual (Sempre igual)
[Verso 2: Beware Jack]
Isto é uma conversa para a festa dos Humanos
Ligo a rega p’ra acabar a seca espalhá-la nos campos
Achandra o teu fogo sempre que inflames
Pego no regador
Afogo ignorantes
Descriminar tem muitos praticantes
Que não sabem nadar e vivem burros como antes
Mas esse rio 'tá frio, G
Fiz esse rio de fio a pavio e o rio não se riu de mim
Eles não sabiam que eu era assim
Que eu não ligava a raças porque o mundo é mesmo assim
Porque entretanto a minha pele já não tolera planos
Fazer da mesquinhice verdade p'ra me passarem panos
Quentes, mas sou diferente
Não quero saber de clãs
Preto e branco ou então a cores como se fossemos ecrãs
Sou eu no jogo ou a vida vira jogador
Lançaram fogo - fiquei queimado ou negro é a minha cor?
Preto como o carvão, ou branco como o vapor?
Para mim tudo é igual mas isso sou eu a supor
(Preto como o carvão, ou branco como o vapor?
Para mim tudo é igual mas isso sou eu a supor)

[Refrão: Amaura]
É o sentimento que acende a alma
E eu sempre tive ele a incentivá-la
Foi sempre assim
Sempre igual (Sempre igual)
É o sentimento que acende a alma
E eu sempre tive ele a incentivá-la
Foi sempre assim
Sempre igual (Sempre igual)
Foi sempre assim
Sempre igual (Sempre igual)
[Verso 3: Silab]
Eu vejo a vida
Com olhos de um puto
Que não sabe se quer viver noutra parte do mundo
Ou noutro mundo noutra parte do universo
No meu reflexo eu dou-lhe um bom verso
E eu converso
Comigo até chegar o dia
Monotonia inverte-se
O meu index
É uma corrida mental
No olho de um furacão em processo de destruição
Brother, é bué complexo
Quando eu escrevo eu vejo de dentro o ventre
Vejo-me dentro e esventro-me
Na inexequível inquisição das respostas
Mas
Todas são póstumas postas
E impostas em nós
Pela voz que nos cala a voz atroz
E mesmo com people ’tou a sós
Sou uma alma imaginativa
Ao deitar-me imagino a vida
Iluminado tipo um shiva
Criatividade é ogiva
Boca é uma pistola e desde a escola
Queriam prender a minha essência
Numa gaiola
Mas eu vi o meu futuro
Num bombo e numa tarola
E hoje eu faço com canetas
O que o Ronaldo faz com a bola
Yo, arte