[Letra de "Cemitério Clandestino"]
[Intro: Melk]
Aê, cemitério clandestino
Velórios lotados de assassino
[Verso 1: Melk]
No rolê cês não vai, nós dropo, né carai
Todo mundo odeia o Temer, a PM, muito mais
Invadi a face de um país, é merda
Vim plantar, solida, vai, vai (pow, pow, pow)
Faz me rir, é o terror de forma que tiver
Não dá pé é ralé
Vai no pé, né chulé
No Chile, Paraguai, rouba banco pra carai
Em Londrina muito mais, em São Paulo só leais
Fortale' gol de le'
Só ladrão na bique'
Faz dinhe', quer vinho, tem PT
Só rima, atira contra o bota opressor
Se ciscar vai leva o monstrengo pegador
Não mata, faça amor, se moiá pelo amor
Mete o lô nessa porra mais na contenção do vapor
[Refrão: Melk]
Cemitério clandestino (ohhh)
Velórios lotados de assassino (ohhh)
A chuva é a lagrima de Cristo (ohhh)
A chuva é a lagrima dos primo
Cemitério clandestino (ohhh)
Velórios lotados de assassino (ohhh)
A chuva é a lagrima de Cristo (ohhh)
A chuva é a lagrima dos primo
[Verso 2: Leal]
É o cemitério clandestino
Na terra onde o pai enterra o filho
Meu país, futebol
Você vale o que tem
Ser feliz, ser normal
Na real cê é quem?
Quantos tem, quantos não
Quantos vem, quantos vão
Ambição, de querer ser mais
Tá fazendo na quebrada os menor se perder cedo
Tá tirando dessa vida chance de sair do enredo
Nem consigo imaginar a página feita de medo
São um, dois, três negros mortos
Porcos vermes de moto
Mas isso quem vai julgar
Os tais homens da lei
Se a lei eles faz
Perguntar eu não sei
Carnaval, gringo dançar
Pra limpar, só o gari
Sujeira vai aumentar
O salário eu não vi
São vários que desistem da visão, jão
Só pegar cédula na mão, eu não
A polícia ganha mais que o professor
Onde a punição vale mais que a educação
Ninguém que estudar, vamos ver o que dá
[Refrão: Melk & Leal]
Cemitério clandestino (ohhh)
Velórios lotados de assassino (ohhh)
A chuva é a lagrima de Cristo (ohhh)
A chuva é a lagrima dos primo
Cemitério clandestino (ohhh)
Velórios lotados de assassino (ohhh)
A chuva é a lagrima de Cristo (ohhh)
A chuva é a lagrima dos primo
[Verso 3: O R]
É o cemitério clandestino
Na terra onde a guerra é por um pino
E eu cresci em Santana
Com cultura, mãe baiana
Pode até pagar de louco
Por achar que nos engana
Poucos tem, muitos não
E pro povo, frustração, corrupção
Nunca vem pra mais
Já pegaram na errada
O PM senta o dedo sem motivo tira a vida
Tira, fica no segredo não consegue evitar
O cu tá corno, tá no erro
São quatro, cinco, seis negros
Loucos pra se iludir com a Lotus
Outra mãe reza pro filho
E ele finge que tá bem
Deve nota na facul'
Na bica deve também
Tem aval gringo entro
Nós lá fora eu nunca vi
Tem dinheiro vai ficar
Quem não tem vai sumir
São vários que pagaram de cuzão e vão
O palhaço agora tem na mão, eu não
A minha luta é contra todo opressor
Eles ganha afastamento
E nós cela de punição
Ninguém pode ajudar
Quero ver se virar
[Refrão: Melk]
Cemitério clandestino (ohhh)
Velórios lotados de assassino (ohhh)
A chuva é a lagrima de Cristo (ohhh)
A chuva é a lagrima dos primo
Cemitério clandestino (ohhh)
Velórios lotados de assassino (ohhh)
A chuva é a lagrima de Cristo (ohhh)
A chuva é a lagrima dos primo
[Verso 4: Lord]
L-O-R-D, e ae?
Povo sem mémoria
Quantos foi, quantos mil?
Joga na desova
No inferno sorriu Leomil
Jogaram pedra e banana
Eu me ofenderia talvez
Chorei como Balotelli
Sigo igual Daniel Alves
Cemitério clandestino
Dou trabalho pros coveiros
Se não der trabalho primo
Você é trabalho pros coveiros
Vou brilhando, cheio de fã
Favela é tipo rap, é postura
Com as cobranças na garupa da Fan
Que só fala de revólver quem segura
Verme é verme, eu falei sério
Arrastaram Cláudia, arrastaram João Hélio
Morrendo cada vez mais novos, fala sério
Mas ninguém mata Michel Temer, aquele velho
Pai abandonando filho
Aos quinze ele mata o padrasto
Rio de Janeiro também é vários
Morreu matou sem deixar rastros
Fizeram de famílias cacos
Só deixaram a sede de vingar os braços
Então, se chamaram de macacos
Do nada o bonde pula no teu galho
[Refrão: Melk]
Cemitério clandestino (ohhh)
Velórios lotados de assassino (ohhh)
A chuva é a lagrima de Cristo (ohhh)
A chuva é a lagrima dos primo